Campanhas de candidatos à Presidência desistem de direito de respostaMarcelo Camargo/Agência Brasil
Durante sessão extraordinária realizada no início da noite, os advogados das campanhas informaram que desistiram dos pedidos relacionados a inserções no horário eleitoral gratuito na televisão, que termina hoje.
Na avaliação do advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante da coligação Pelo Bem do Brasil, formada para apoiar a candidatura à reeleição de Bolsonaro, com o término do horário eleitoral a eventual exibição de direitos de resposta no sábado (29), véspera da eleição, poderia trazer gastos aos cofres públicos e não seria interessante para a campanha.
Pendência
“A abertura de cadeia extraordinária para veiculação dessas respostas em TV submeteria o eleitor a um material publicitário pouco prepositivo, ligado à resposta a ofensas e desinformação”, afirmou.
Para o advogado Eugênio Aragão, representante da Coligação Brasil da Esperança, que apoia o candidato Lula, a desistência dos processos serve para resolver o conflito judicial sobre o direito de resposta televisivo e “tranquilizar o final de campanha”
“Para tranquilizar esse final de campanha, a melhor coisa seria abrirmos mão reciprocamente de todos esses processos que estão na pauta de hoje e, com isso, encerrar essa contenda”, afirmou.
A sessão extraordinária foi convocada pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para julgar a decisão individual proferida pela ministra Isabel Galotti, que concedeu direito de resposta da campanha de Bolsonaro contra a campanha de Lula.
Pela manhã, o tribunal realizou a primeira sessão extraordinária para suspender a decisão da ministra até as 19h, horário em que a deliberação seria iniciada. De acordo com o TSE, decisões sobre direito de resposta devem ser referendadas pelo plenário.
Segundo turno
“Somos uma das quatro maiores democracias do mundo, mas a única democracia do mundo que apura e proclama os resultados no mesmo dia”, concluiu.
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