CNT se posiciona contra a paralisação dos caminhoneirosMauro Pimentel/AFP

A Confederação Nacional do Transporte ( CNT ) publicou uma nota, nesta segunda-feira (31) contra as paralisações de caminhoneiros que se manifestam desfavoravelmente ao resultado das eleições 2022 que ocorreram no último domingo (30) .

Vários estados têm pontos de rodovias bloqueados neste momento. Profissionais afirmam que "só voltarão para a casa quando o exército tomar o país".
"Nota à imprensa: Posicionamento da CNT sobre a paralisação de caminhoneiros
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, acompanha as paralisações em algumas rodovias do País e se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção. A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas. Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis. Nesse sentido, a CNT tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil.

Confederação Nacional do Transporte".

Caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) bloquearam estradas desde a noite de ontem, em protesto contra o resultado do segundo turno. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) confirmou terem sido registrados até esta segunda bloqueios ou aglomerações em vias de 19 estados e do Distrito Federal.
De acordo com o boletim informativo da Polícia Rodoviária Federal, os pontos de interdições, bloqueios ou manifestações em rodovias do país subiram de 211 às 16h30 para 236 às 18h15.

Ainda nesta segunda, a Polícia Militar do Distrito Federal restringiu o acesso de veículos à Esplanada dos Ministérios para que os caminhoneiros não invadam o local.
Segundo a corporação, "a ideia é proteger os órgãos públicos e manter a ordem”.

As vias N1 e S1, que dão acesso à Praça dos Três Poderes, estão fechadas na altura da Avenida José Sarney até a L4, segundo a PM. Diante disso, veículos estão impedidos de chegar aos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.