A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, deu como encerrada a discussão sobre os movimentos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que bloqueiam estradas e rodovias do país numa tentativa de contestar o resultado das eleições do último domingo, 30, que sagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencedor.
"Já foram tomadas as medidas pela Confederação Nacional dos Transportes, por entidades representativas, inclusive dos caminhoneiros e do setor privado, então me parece que já está estabelecida a normalidade", disse Gleisi.
A presidente do PT descartou a possibilidade de a Coligação Brasil da Esperança, de Lula, apresentar novas ações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar medidas contra os organizados dos atos golpistas nas rodovias e, eventualmente, tentar responsabilizar Bolsonaro pela instabilidade que o país vive deste o encerramento das eleições.
No núcleo jurídico do PT também não é tratada a possibilidade de apresentar novas ações para pedir a inelegibilidade de Bolsonaro. Os advogados da campanha de Lula apostam nos processos já protocolados no TSE até o momento para impor derrotas jurídicas ao atual presidente. Os petistas apresentaram sete pedidos de investigação da campanha bolsonarista por supostas irregularidades. Os ministros da Corte Eleitoral já analisaram quatro desses pedidos e concederam decisões liminares.
As falas da presidente do PT foram feitas na primeira visita dos aliados de Lula ao Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde será sediado o governo de transição. Gleisi visitou as instalações do prédio com o ex-ministro de governos petista Aloizio Mercadante e os parlamentares Reginaldo Lopes (PT-MG), líder partido na Câmara, e Paulo Rocha (PT-PA), que ocupa uma cadeira no Senado.
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