Apoiadores de Bolsonaro, ainda inconformados com o resultado das eleições, aguardam relatório sobre as urnas em BrasíliaReprodução/Redes Sociais
A expectativa é de que as Forças Armadas entreguem ainda nesta quarta o documento sobre a fiscalização do pleito eleitoral. Desde a derrota de Bolsonaro, nas urnas, parte dos apoiadores do atual presidente têm promovido manifestações antidemocráticas, de cunho golpista, pedindo intervenção federal. Eles bloquearam diversas rodovias do país, impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, mais de 115 caminhões tem um lugar reservado pelo Exército para acompanhar a divulgação do relatório.
Entidades atestaram segurança nas urnas
"Como se pode verificar, todos os testes e procedimentos de segurança foram executados à exaustão e confirmaram a confiabilidade e integridade dos votos computados", diz trecho do relatório.
O Tribunal de Contas da União (TCU) também não encontrou divergências nos boletins das urnas eletrônicas e endossou a confiabilidade do sistema eleitoral eletrônico utilizado no país.
O Ministério da Defesa informou, na segunda-feira, 7, que entregaria nesta quarta o relatório sobre a fiscalização das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições realizadas em outubro deste ano.
Em nota, a pasta destacou que o documento que será entregue ao TSE vai conter dados coletados e analisados por técnicos militares das Forças Armadas.
"O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas", informou o ministério em comunicado.
No dia 19 de outubro, a Defesa já tinha informado o tribunal eleitoral que entregaria o relatório após a realização do segundo turno do pleito eleitoral. Um dia antes, Alexandre de Moraes, presidente do TSE , havia determinado a entrega do relatório em uma prazo de 48 horas.
"Ressalta-se que as ações de fiscalização vêm sendo executadas de acordo com os acessos disponibilizados pela Justiça Eleitoral. Diante do exposto, a emissão de um relatório parcial, baseado em fragmentos de informação, pode resultar-se inconsistente com as conclusões finais do trabalho, razão pela qual não foi emitido", argumentou o ministério para não ter disponibilizado o documento na data exigida.
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