Por felippe.franco
Rio - O cabelo não tinha o famoso moicano e, aos 17 anos, Neymar estava apenas começando no profissional do Santos quando fez sua estreia no Maracanã. Saindo do banco de reservas, ele jogou pela primeira vez no então “Maior do Mundo” no dia 24 de maio de 2009 e ajudou na goleada de 4 a 1 sobre o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro.

Daquele jogo até hoje, o atacante experimentou muitos penteados, se tornou pai de Davi Lucca, acumulou fortuna, títulos pelo time paulista, foi convocado para a seleção brasileira e se transformou em uma celebridade do futebol. Hoje, com status de nova estrela do Barcelona, finalmente voltará a jogar no Maracanã, no amistoso entre Brasil e Inglaterra, que marca a reinauguração do estádio para a Copa das Confederações e o Mundial de 2014.

Com carreira consolidada, Neymar defende seleção brasileira neste domingoCarlos Moraes / Agência O Dia

Em 2009, diante do Tricolor das Laranjeiras, Neymar entrou no fim da partida, no lugar de Molina, quando o Santos já vencia por 2 a 1. Mas teve tempo suficiente para mostrar seu talento e participar da criação das jogadas do terceiro e quarto gols. O lateral-direito Eduardo Ratinho ainda foi expulso, após entrada dura na revelação do time da Vila Belmiro.

Caminhos que não se cruzam
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Aliás, daquele jogo até hoje, a vida dos dois jogadores mudou radicalmente. Enquanto Ratinho foi dispensado do Fluminense — conviveu com problema no joelho e não conseguiu se firmar por onde passou até não ter clube para jogar atualmente —, Neymar conheceu o lado glamouroso da moeda.
Foram três títulos paulistas (2010, 2011 e 2012) e uma Libertadores (2011), com a chance de disputar o Mundial de Clubes. Na final do torneio no Japão, Neymar enfrentou o Barcelona e sofreu com uma goleada de 4 a 0 para o time do argentino Messi.
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Já em 2010, havia uma expectativa pela presença do camisa 11 do Santos na Copa do Mundo da África do Sul, mas o técnico Dunga se manteve irredutível. Sua primeira convocação para a seleção brasileira principal veio em 26 de julho de 2010, com o técnico Mano Menezes. Sem contar as partidas com a equipe olímpica, foram 20 gols em 32 jogos defendendo o Brasil, em um total de 2.698 minutos em campo.
Nos últimos quatro anos, o atacante passou a ser cobiçado por grandes clubes da Europa e também por patrocinadores. Seu talento lhe rendeu o Prêmio Puskas na festa de gala da Fifa, em 2011, em Zurique, graças a um golaço marcado diante do Flamengo, na Vila Belmiro.
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Depois da rápida estreia em 2009, o santista só esteve no Maracanã novamente no ano passado, mas para gravar o comercial de um carro. Agora, chegou a vez de o novo craque do Barça pisar novamente no estádio, com a bola nos pés e como o centro das atenções do mundo.