Por bferreira

Rio - Inscrição de jogador, mando de campo fixo, arbitragem séria. No Aterro do Flamengo não há espaço para bagunça no regulamento da pelada. Organizado e levado a sério, o Campeonato Barbosa agrega servidores públicos, militares reformados e boêmios profissionais. “Eu uni alguns amigos em 2015. Conhecia times de vários lugares diferentes e decidi organizar um torneio para celebrar a amizade e homenagear o injustiçado goleiro Barbosa, da Copa do Mundo de 1950”, conta Jonas Magalhães, fundador do ‘Barbosão’, que tem regras bem mais claras do que as do Campeonato Carioca.

Luis Capellão%2C Fábio Laurindo e Lucas Jaques%3A pelada organizadaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

“São dezesseis times divididos em quatro grupos. Os melhores de cada disputam as semifinais e a final é em campo neutro. Hoje em dia fazemos até o Torneio João Saldanha, campeonato de consolação para preencher o calendário”, explica.

Apadrinhados pelo ex-jogador Afonsinho, o Radical Contra nasceu das peladas do Aterro. “O time surgiu no bar. Tentamos algumas experiências aqui no Aterro, mas é muito concorrido. A partir daí, passamos a mandar nossos jogos em Paquetá, onde o Afonsinho mora”, explica o estudante Luis Capellão. Lucas Jaques, companheiro de equipe, destaca a homenagem a Sócrates e Cia: “Nosso time tem um engajamento político, o uniforme é uma referência ao Corinthians da época da Democracia Corintiana”.

O peladeiro Fábio Laurindo, do Boêmios da Vila, é categórico: deixa de lado Bota x Flu para jogar seu futebol. “Se você perguntar para qualquer um do meu time, ninguém vai querer trocar um clássico na TV por uma pelada do Boêmios”, garante.

Reportagem do estagiário Yuri Eiras

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