Clodoaldo, Pepe e Mengálvio participaram de homenagem da patrocinadora da Seleção - Gaspar Nobrega / inovafoto
Clodoaldo, Pepe e Mengálvio participaram de homenagem da patrocinadora da SeleçãoGaspar Nobrega / inovafoto
Por MARCELO BERTOLDO

São Paulo - No dia do reencontro de Brasil e Alemanha, quase quatro anos após o doloroso 7 a 1 na Copa de 2014, cinco campeões mundias reforçaram a confiança na busca pelo hexa na Rússia. Pepe (1958), Mengálvio (1962), Clodoaldo (1970), Zetti (1994) e Luizão (2002) não titubearam em apontar a Seleção como favorita antes mesmo da vitória de 1 a 0 sobre os alemães, nesta terça-feira, em Berlim, no último teste antes da convocação definitiva de Tite.

Homenageados pela GOL, uma das patrocinadoras da seleção brasileira, os cinco campeões reforçaram a lista de passageiros em cinco voos de São Paulo para o Rio. Na resenha, não faltou boas recordações. Primeiro campeão, Pepe, de 83 anos, viu de perto o assombro causado por Pelé, então com 17 anos, no Mundial da Suécia, em 1958.

"Sou bicampeão mundial: 58 e 62. É motivo de muito orgulho, até hoje. Jogar ao lado do Pelé é fácil? Uma ova. Era dificílimo porque você nunca sabia o que se passava naquela cabeça. Ele fazia coisas incríveis. No ano seguinte, já fazia coisas que não fazia no primeiro. Extraordinário, mas jogaram a forma fora. Temos craques na atualidade como Messi e Neymar, mas como o Rei nunca mais", disse Pepe.

Mengálvio, de 78 anos, integrou a lendária linda de frente do Santos na década de 60. Ao lado de amigos, foi bicampeão mundial de clubes (62 e 63) e fez parte da conquista da Copa do Chile, em 1962. Embora evite comparações com a Seleção de Tite, o campeão vê o Brasil forte na Rússia."Foi inesquecível. Eu, Pelé, Pepe, Coutinho... Nos sagramos bicampeões com uma seleção formada por grandes jogadores. É difícil comparar gerações, mas o Brasil conta com um grande treinador, que tem na organização tática seu ponto forte", avaliou Mengálvio.

Em comum com os primeiros campeões, Clodoaldo também teve a chance de jogar e comemorar um título mundial ao lado de Pelé, em sua última Copa do Mundo, em 1970, no México. Aos 68 anos, o volante vê similaridades no trabalho de Tite e Zagallo, que modernizou a forma de jogar da Seleção na conquista do tri.

"Eu vejo um trabalho semelhante na proposta de jogo. A nossa Seleção não tinha jogadores fixos na frente, mas tinha a participação de Jairzinho, Pelé, Tostão e Rivelino. 47 depois a gente sente que a Seleção de 70 serviu de modelo, e percebe que a Seleção de Tite tem essa característica, com jogadores versáteis. Por isso, vejo o Brasil como um dos favoritos ao título", disse Clodoaldo.

Presente na última conquista, em 2002, Luizão viu de perto Rivaldo e Ronaldo comandarem o Brasil vencer a Alemanha por 2 a 0, na Copa da Coréia e Japão. No título marcado pela união e alegria Família 'Felipão', Luizão lembra a força e aplicação do grupo podem fazer a diferença na Rússia.

"Jogamos mal e merecemos a derrota. Temos que saber perder também. A minha lembrança é de alegria, a do pentacampeonato. Acho a Seleção atual muito boa e em condições de buscar o hexa. Tudo vai depender da união e comprometimento do grupo", disse Luizão, de 42 anos.

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