"Minhas renovações (com Mattos) sempre foram muito arrastadas. No meio do futebol, é muito normal receber luvas e comissão, mas eu e meu empresário nunca recebemos, sempre abrimos mão de qualquer questão financeira para não dificultar a permanência. É um argumento financeiro para eu sair do Palmeiras que não tem validade nenhuma", prosseguiu.
Prass ainda se incomodou ao ver o Uol noticiar que Jailson já tinha um contrato "de gaveta" até dezembro de 2020 e, ao questionar Mattos, ouvir que isso era mentira - o vínculo, efetivamente, existia e vem sendo cumprido pelo goleiro reserva de Weverton. Além disso, Prass irritou-se com Mattos dizendo que vetava suas entrevistas coletivas porque eles geravam incômodo nos colegas.
"Estou levando em consideração a conduta. Não é a questão do prazo. Ele poderia assinar um contrato com o Jailson, com o Luan, com o Mayke de 15 anos, e comigo de três meses, que é o contrato mínimo. Não é esse o problema, mas a maneira como conduziu. Ele me chamou na sala dele para me falar que eu e Jailson não tínhamos contrato e que, por ele, ficavam os dois. Não foi uma maneira franca, direta e verdadeira Até o último instante, negou a existência desse acordo (com Jailson). Não tenho direito de saber o contrato de outros jogadores, mas isso saiu na mídia e foi veementemente negado", falou.
"Fiquei dois anos e meio sem dar uma entrevista coletiva. A única que dei nesse tempo foi da minha saída. E as entrevistas que dei foram focadas na minha participação fora do campo, contribuindo com a minha experiência. Em nenhum momento, questionei qualquer escolha do treinador. Dizia que, como fui titular muito tempo e sempre me respeitaram, teriam uma conduta igual. E o ambiente entre os goleiros sempre foi muito bom. Tratavam-se de três grandes goleiros e, de acordo com o nível técnico, seria surreal questionar a escalação de qualquer um", concluiu Fernando Prass.