Elenco da Roma ficará quatro meses sem salário - Divulgação
Elenco da Roma ficará quatro meses sem salárioDivulgação
Por Lance
Itália - Com o período de inatividade do futebol mundial em virtude da pandemia, a crise econômica no esporte aumenta. Nesse cenário, atletas e comissão técnica da Roma entraram em acordo com a direção do clube e aceitaram ficar sem receber salários durante quatro meses. Cabe ressaltar que o Campeonato Italiano foi interrompido no dia 9 de março e segue sem previsão do retorno de suas atividades.
O anúncio foi feito, neste domingo, por meio de um comunicado oficial. No entanto, os jogadores cobraram que os outros funcionários do clube recebam seus ordenados integrais, no sistema de segurança social do governo italiano. Ainda segundo a nota, a direção do clube também abrirá mão de uma porcentagem de seus ganhos.

"Sempre conversamos sobre a união na Roma e, voluntariamente, cortamos seus salários pelo resto da temporada. Os jogadores, o técnico e sua comissão provaram que realmente estamos nisso juntos. O capitão do clube Dzeko, todos os jogadores e o técnico Paulo Fonseca demonstraram entender o que esse clube representa. Também agradecemos a todos pelo excelente gesto em relação aos funcionários deste clube", afirmou o executivo-chefe Guido Fienga.
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O clube também anunciou que, caso a atual temporada retorne nos próximos meses, fará um plano de incentivos a ser pago "sujeito ao alcance de certos objetivos esportivos". De acordo com a direção da Roma, os jogadores anseiam retornar o quanto antes, porém sabem das dificuldades do atual momento, já que a Itália foi um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, com o número em torno de 23 mil mortos.

"Também percebemos que tudo isso não será suficiente para enfrentar as conseqüências econômicas da atual emergência, com a esperança de fazer algo que ajude a empresa a reiniciar melhor o projeto que todos compartilhamos", disse a direção da Roma.

Além da equipe da capital, atletas de Juventus, Parma e Cagliari também entraram em acordo com suas direções e decidiram reduzir seus salários. Contudo, o sindicato dos jogadores recusou a recomendação de que todos os clubes da Série A façam cortes semelhantes em suas folhas de pagamento. A entidade alegou que os clubes menores não tem capacidade de pagar reduções e não poderiam aceitar tais mudanças bruscas.