Marinho fez história no Bangu, mas também jogou pelo Botafogo - Reprodução
Marinho fez história no Bangu, mas também jogou pelo BotafogoReprodução
Por Danillo Pedrosa

Faleceu na manhã de ontem o ex-atacante Marinho, um dos maires ídolos da história do Bangu, com passagens por Atlético-MG, Botafogo e Seleção Brasileira. Aos 63 anos, Mário José dos Reis Emiliano estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) de um hospital em Belo Horizonte, cidade onde nasceu e foi criado, por causa de uma infecção no pâncreas.

Habilidoso ponta-direita, Marinho era tratado como grande promessa desde os tempos de categorias de base, quando defendia o Atlético, com direito à convocação para Olimpíadas de Montreal (Canadá), em 1976. Mas foi no Bangu, clube no qual chegou em 1983, que ele marcou uma geração de torcedores. 

Pelo Alvirrubro, Marinho comandou a equipe vice-campeã do Campeonato Brasileiro de 1985, sendo eleito o melhor jogador da competição pela revista Placar e vice-artilheiro, com 16 gols - atrás apenas de Edmar (20), do Guarani. A derrota nos pênaltis para o Coritiba evitou que o atacante desse ao Bangu a maior conquista da história do clube. No mesmo ano, ele também comandou a equipe na campanha do vice do Campeonato Carioca, em derrota por 2 a 1 para o Fluminense na decisão. 

O desempenho no clube da Zona Oeste o rendeu, inclusive, convocações para a seleção brasileira. O ponta-direita chegou a iniciar a fase de preparação para a Copa do Mundo de 1986, no México, mas foi cortado da lista final do técnico Telê Santana. 

Tragédia afetou a carreira

Em 1988, Marinho deixou o Bangu para atuar no Botafogo, mas sem repetir o mesmo sucesso. Muito por influência de uma grande tragédia na vida pessoal. Enquanto o então atacante dava entrevista a uma rede de televisão, em fevereiro do mesmo ano, o seu filho Marlon, de um ano, caiu na piscina e morreu afogado. A partir dali, o ex-jogador se entregou à bebida e jamais conseguira repetir o desempenho que o levou à Seleção, mesmo após retornar ao Alvirrubro.

Após encerrar a carreira, em 1996, Marinho ainda atuou fora das quatro linhas, como treinador do Bangu e do Juventus-RJ.

Pelas redes sociais, o próprio Bangu anunciou o falecimento do ídolo que fez história com a camisa alvirrubra. Em luto, o clube lamentou a perda e deixou as fotos de perfis nas redes sociais em preto e branco.

"É com tamanha dor que comunicamos o falecimento do nosso eterno ídolo Marinho, craque alvirrubro, ex-atleta da Seleção Brasileira e melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1985. O Bangu Atlético Clube está de luto", publicou o clube. Para mais informações, você também pode conferir o Ataque, na página 11 do caderno de O Dia.

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