Rio - Afastado da presidência da CBF, Rogério Caboclo teria oferecido R$ 8 milhões em troca do silêncio da funcionária que o acusa de assédio moral e sexual. Tal valor seria oriundo do caixa da Confederação. Caboclo negou as acusações feitas. A informação é do site "ge.globo".
Mesmo com a tentativa, o plano do cartola não progrediu por dois fatores. A diretoria da entidade se recusou a fazer parte do plano de Caboclo para tentar um acordo pelo silêncio da funcionária, e a mesma rejeitou as condições propostas pelo então presidente, que foi denunciado na Comissão de Ética da CBF no dia 4 de junho. 48h após a denúncia, Rogério Caboclo foi afastado do cargo.
Em uma das duas minutas de contrato para o acordo, que foram divulgadas pela equipe do "ge", foi proposto o pagamento parcelado da quantia de R$ 8 milhões. Confira abaixo:
- R$ 4,4 milhões pagos à vista - 29 parcelas mensais de R$ 68.965,52 - R$ 1,6 milhão de uma vez ao final dos pagamentos mensais
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Em nota, a diretoria da CBF informou que o documento não foi assinado por dirigentes, que detectaram desalinhamento com as políticas da entidade.
"A CBF informa que o referido documento foi produzido de forma unilateral pelo presidente afastado e não chegou a ser assinado, pois a Diretoria detectou que o mesmo estava em desacordo com as políticas de governança e conformidade da entidade, uma vez que o acusado pretendia utilizar recursos da CBF para resolver um assunto estritamente particular."
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Foram seis semanas de negociação para tentar impedir a denúncia na Comissão de Ética da Confederação Brasileira, mas que foram prontamente recusadas pela suposta vítima, já que a mesma não pediu indenização e apenas o afastamento de Rogério Caboclo do cargo de presidente.
O caso de assédio envolvendo a funcionária da CBF é investigado pela Comissão de Ética da CBF, pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
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