Jogadores da seleção masculina de goalball com o inédito ouroAlê Cabral/CPB

Em uma campanha história na Tóquio-2020, o Brasil alcançou o seu recorde de ouros em uma mesma edição de Paralimpíada, igualando os 21 de Londres-2012. As duas conquistas que possibilitaram essa marca vieram com Thiago Paulino no arremesso de peso (classe F57) e no goalball masculino. O país ainda levou uma prata com Luís Carlos Cardoso, nos 200m (classe KL1) da canoagem, e três bronzes: João Victor Teixeira no lançamento de disco (classe F37), Silvana Fernandes no parataekwondo (classe K44 para atletas até 58kg) e Wendell Belarmino nos 100m borboleta (S11).
Em mais uma conquista inédita em Tóquio-2020, a seleção masculina de goalball conseguiu seu primeiro ouro na história ao superar com certa facilidade a China na final, por 7 a 2. Os gols foram marcados pelo capitão da equipe, Romário (um), e por Parazinho e Leomon (três cada). Bronze na Rio-2016 e prata em Londres-2012, o Brasil enfim chegou ao topo do pódio.
Entretanto, a alegria na modalidade só não foi completa porque a equipe feminina não conseguiu o bronze, ao perder para o Japão por 6 a 1. A campanha iguala o melhor resultado nos Jogos, quando também foi quarto na Rio-2016.
Atletismo
O outro ouro do dia para o Brasil ficou com o paulista Thiago Paulino no arremesso de peso (classe F57), com o recorde paralímpico de 15,10m. O pódio ainda contou com outro brasileiro, Marco Aurélio Borges, que ficou com o bronze ao arremessar em 14,85m.
Foi com essa conquista que o Brasil igualou o recorde de 21 ouros de Londres. "Faltava esse ouro paralímpico. E foi do jeito que eu imaginava, com emoção. Quero parabenizar o Marcão, que fez uma ótima prova. Estava muito preparado, treinamos bastante e fomos recompensados", comentou Thiago Paulino.
O atletismo ainda garantiu uma medalha de bronze no lançamento de disco (classe F37) com João Victor Teixeira, que fez a marca de 51,86m.
Natação
Em seu melhor desempenho numa única edição dos Jogos, a natação fechou o último dia com um bronze de Wendell Belarmino no 100m borboleta, com o tempo de 1min05s20 na classe S11. Foi a terceira medalha do brasileiro em Tóquio, contribuindo para a histórica marca de 23 medalhas para o Brasil (oito de ouro, cinco pratas e dez bronzes).
Na despedida do ídolo Daniel Dias, novos talentos da natação brasileira surgiram e ajudaram a seguir entre os melhores. O país só não conseguiu superar as nove medalhas de ouro que a modalidade conquistou em Londres-2012.
Canoagem
A única prata do dia para o Brasil veio com uma conquista inédita. Luís Carlos Cardoso ficou em segundo lugar nos 200m (classe KL1). A modalidade, que estreou em 2016, só havia conseguido um bronze há quatro anos. "Faltava esta medalha paralímpica. Por pouco, eu não consegui no Rio. Agora é melhorar para 2024", disse.
Parataekwondo
A segunda medalha brasileira na modalidade veio com Silvana Fernandes, de 22 anos. Ao vencer a turca Gamze Gurdal por 26 a 9, ela ficou com o bronze na classe K44 para atletas até 58kg.
Vôlei sentado feminino
As brasileiras perderam para os Estados Unidos por 3 sets a 0 (25/19, 25/11 e 25/23) na semifinal e agora vão para a disputa do bronze contra o Canadá.