Rogério CabocloFoto: Mauro Pimentel/AFP

Rio - O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, selou na última sexta-feira um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em respeito a uma denúncia de assédio moral e sexual feita contra o dirigente por uma funcionária da CBF. Caboclo aceitaria pagar uma quantia (em geral doada para ONGs) em troca do processo ser arquivado. As informações são do portal "globoesporte.com".
Segundo o site, o dirigente aceitou passar por um instrumento jurídico chamado "transação penal". Ele é utilizado em juizados especiais criminais que apuram delitos considerados de menor potencial ofensivo. A negociação previa que Rogério Caboclo pagaria R$ 100 mil para não ser denunciado.
O dinheiro pago pelo dirigente seria destinado a uma entidade que atua no combate à violência contra a mulher e outra que cuida de animais abandonados. O caso corre sob segredo de Justiça. Porém, a decisão não significa que Rogério Caboclo confessou seu crime.
Apesar de conseguir evitar a denúncia no Ministério Público, Caboclo poderá ser denunciado pela ex-funcionária da CBF também em outras esferas públicas. Acordos deste padrão só são fechados com quem não tem antecedentes criminais e não podem ser feitos pelos próximos cinco anos.

A Comissão de Ética investida outros dois casos em torno de Caboclo. Um de assédio moral, movido pelo diretor de TI da CBF, Fernando França, e de uma ex-funcionária da entidade, em caso que também corre na esfera no Ministério Público do Trabalho.