Daniel AlvesAFP
O grande problema para os agentes espanhóis era garantir o retorno de Daniel à Espanha, uma vez que o jogador estava no México, onde atuava pelo Pumas. Uma possível viagem do lateral-direito ao Brasil dificultaria ainda mais a prisão do atleta.
Dois fatos acabaram colaborando para o plano dos "Los Mossos". Primeiro, uma notícia falsa, apontando que Daniel Alves e a vítima passaram apenas 40 segundos no banheiro da boate catalã, começou a circular nas redes sociais. Segundo o 'El Correo', essa informação, incorreta, motivou o brasileiro a achar que as evidências reunidas até então colaboravam para a sua inocência. Daniel chegou a dar uma entrevista a um canal de televisão espanhol, na qual disse que não conhecia a mulher supostamente agredida.
O outro fato foi a intenção do atleta de retornar à Espanha para o enterro da sua sogra, que morreu no dia 13 deste mês. Com isso, os agentes espanhóis combinaram com Miraida Puente, advogado do jogador, a coleta do depoimento de Daniel. A intenção real dos policiais era prendê-lo imediatamente, e assim fizeram na sexta-feira. Na sequência, os "Los Mossos" levaram o jogador à Justiça espanhola para que as inconsistências da sua versão da história fossem ouvidas por uma juíza.
Na última segunda-feira, Daniel Alves foi transferido para o Centro Penitenciário Brians 2. Por enquanto, o jogador está preso de forma preventiva e aguarda julgamento para saber se será condenado ou inocentado.