Empresário Bruno Lopez de Moura é peça-chave nas investigações da operação "Penalidade Máxima"Reprodução

O empresário Bruno Lopez de Moura recebeu neste domingo (19) o habeas corpus e foi solto pela Justiça de São Paulo. Ele foi apontado pelo Ministério Público de Goiás como o responsável por aliciar os jogadores para conseguir manipular resultados de três jogos da última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. 
O pedido de habeas corpus foi concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. O empresário estava preso de forma provisória desde o dia 14 de fevereiro. Bruno Lopez de Moura é agente de jogadores e dono da BC Sports Management. Segundo o advogado do alvo da operação, a Justiça entendeu que sua liberdade não prejudica as investigações.
"Não havia mais qualquer requisito que fundamentasse a prisão do Bruno. Ele não colocaria em risco a instrução criminal, mesmo porque todos os mandados de busca e apreensão já cumpridos forneceram ao Ministério Público elementos suficientes", explicou o advogado Ralph Fraga. 
A operação "Penalidade Máxima" investiga a manipulação de resultados de três jogos da última rodada da Série B do Brasileirão de 2022: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Cerca de quatro jogadores foram envolvidos e movimentaram R$ 600 mil (R$ 150 mil para cada). 
O objetivo da aposta era favorecer apostas esportivas de altos valores. No caso desses três jogos, os jogadores envolvidos deveriam cometer um pênalti no primeiro tempo para a aposta múltipla dar certo. Entretanto, os atletas do Vila Nova não conseguiram concluir o objetivo. 
São investigados os jogadores Joseph, da Tombense, Romário, ex-Vila Nova, e Matheusinho, ex-Sampaio Corrêa e atualmente no Cuiabá. Já Gabriel Domingos, do Vila Nova, também é investigado por emprestar a conta para Romário receber o dinheiro da aposta.