Uefa passa pro crise nos bastidores em meio à tentativa de nova competiçãoReprodução/EFE

Alvo de investigação pelo Ministério Público da Itália, o ex-dono da Juventus, Andrea Agneli, concedeu entrevista ao jornal "The Telegraph" quase um mês antes de ser julgado após ser acusado por irregularidades nas contas de seu antigo clube e detonou a Uefa, entidade organizadora das competições no velho continente.
O empresário explicou que o motivo de seu afastamento foi, justamente, o fato de estar sendo investigado, para não gerar nenhum impacto negativo ou noticiário que prejudicasse o clube.
"Renunciei para me defender no julgamento nos tribunais. Não quero gerar cargas na Juventus com isso. Veremos se no dia 27 de março, o processo será arquivado", disse.
O italiano reforçou a ideia de projeto da Superliga e disse que este continua com força nos bastidores. O ex-presidente da "Vecchia Signora" é um dos líderes da organização da competição ao lado de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid.
"A Uefa manda em tudo e não é dona de nada. A Superliga é necessária porque se o futebol continuar tão previsível, as pessoas vão se afastar cada vez mais dos estádios. O sistema atual deixa sem opção times históricos, muitos deles como Anderlecht, Celtic, Benfica, Panathinaikos ou Estrela Vermelha de Belgrado, para citar apenas alguns exemplos."
O julgamento de Andrea Agneli está previsto para o dia 27 de março. Com relação às acusações de irregularidades nas contas, a Juve foi punida com 15 pontos.