O lateral Escobar foi o jogador que mais se feriu no ataque de torcedores do Sport ao ônibus do FortalezaMateus Lotif / Fortaleza

Recife - A Polícia Civil de Pernambuco realiza, nesta sexta-feira (15), a Operação "Hooligans", com o objetivo de prender responsáveis pelo atentado contra o ônibus do Fortaleza, no dia 22 de fevereiro. Ao longo da manhã, os agentes estão tentando cumprir sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão domiciliar.
A polícia ainda não divulgou oficialmente o número de prisões que já conseguiu realizar, mas os primeiros suspeitos já começaram a chegar à delegacia. Um deles, inclusive, foi preso vestindo a camisa da Torcida Jovem do Sport, organizada suspeita de ter sido responsável pelo ataque.
Ao todo, 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães estão empenhados na operação, que é realizada pelo Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE).

O ataque

No dia 22 de fevereiro, o ônibus que transportava os jogadores do Fortaleza foi atacado de madruga com pedras e bombas após deixar a Arena Pernambuco, em Recife, onde a equipe enfrentava o Sport pela Copa do Nordeste. A emboscada aconteceu a 8km do estádio.
O atentado deixou seis jogadores do Fortaleza feridos. Os casos mais graves foram do lateral argentino Escobar, que precisou levar 13 pontos no rosto e teve trauma cranioencefálico, do goleiro João Ricardo, que tomou seis pontos na cabeça, e do zagueiro Tite, que passou por cirurgia para retirada de estilhaços de vidro da panturrilha. O lateral-direito Emanuel Brítez, o volante Lucas Sasha e o lateral-esquerdo Dudu tiveram ferimentos mais leves.

Punição ao Sport

Na última terça-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o Sport a jogar oito partidas com portões fechados pelo ocorrido. O clube pernambucano pretende recorrer da decisão no Pleno.