Estátua de Daniel Alves em Juazeiro, na Bahia, é motivo de protestos de moradoresDivulgação / Prefeitura de Juazeiro

Rio - A Prefeitura de Juazeiro acatou a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e recolheu, nesta segunda-feira (29), a estátua de Daniel Alves. O ex-jogador, de 40 anos, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por ter estuprado uma mulher no banheiro de uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022.
A estátua de Daniel Alves, natural de Juazeiro, foi inaugurada em dezembro de 2020. A obra, produzida pelo artista Léo Santana, exibe o jogador, em tamanho real, com a camisa da Seleção e uma bola nos pés. Porém, desde que ele começou a ser investigado por estupro, o monumento foi vandalizado por moradores algumas vezes.
Em fevereiro, moradores de Juazeiro cobraram a retirada da estátua. A Prefeitura de Juazeiro, no entanto, afirmou que iria aguardar a decisão definitiva para definir o que fazer com a obra. Porém, acatou a recomendação do Ministério Público da Bahia, que ressaltou que a legislação proíbe homenagem a pessoas vivas realizada com bem público.
A recomendação foi realizada após procedimento instaurado pela promotora de Justiça Daniela Baqueiro. A Lei Orgânica de Juazeiro indica que "compete ao Município prover sobre denominação, numeração e emplacamento de logradouros públicos, sendo vedada a utilização de nome, sobrenome, ou cognome de pessoas vivas".
Além de quatro anos e meio de prisão, Daniel Alves ainda teria que cumprir cinco anos em liberdade condicional e pagar uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil). Porém, o ex-jogador conseguiu a liberdade provisória após pagar a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões de reais), enquanto são examinados os recursos contra a condenação.