Adson Batista é o presidente do Atlético-GODivulgação /Atlético-GO
Presidente de clube da Série A não quer paralisação do Brasileirão: 'Ficar chorando, sofrendo?'
Paralisação do campeonato chegou a entrar em pauta por causa dos estragos feitos pela chuva no Rio Grande do Sul
Goiânia - O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, se mostrou contra uma possível paralisação do Campeonato Brasileiro. O tema ficou em pauta por causa dos estragos feitos pela chuva no Rio Grande do Sul. Em entrevista ao "Globo Esporte", o mandatário disse que "um problema grande não justifica criar outro grande problema".
"Primeiro, eu quero declarar que é uma catástrofe e todos nós sentimos muito, nossos irmão brasileiros, pelo o que estão passando. Só que, na minha opinião, um problema grande não justifica criar outro grande problema, porque o país é continental. Nós temos 20 clubes na Série A. Aí 17 vão ter que ser sacrificados? Não precisa disso. Precisamos que esses 17 continuem fazendo boas ações em seus jogos, preservar os três clubes gaúchos nesse momento tão difícil", disse Adson.
"Depois, a CBF continuar cuidando disso, com a possibilidade da CBF até tentar oferecer sua estrutura para ajudar esses clubes. Penso que não é solução parar o campeonato. Parar por quê? Para poder ficarmos aqui sofrendo, chorando? Não adianta. Senão vamos passar pelos mesmos problemas da época da Covid-19. Time emergente como o Atlético-GO não tem estrutura para jogar um campeonato com bom nível pensando dessa forma", completou.
Mais cedo, a CBF decidiu que não irá paralisar o Campeonato Brasileiro. Além disso, informou que que os jogos envolvendo times gaúchos em todos os torneios nacionais estão adiados por causa dos estragos feitos pela chuva no Rio Grande do Sul. A medida é válida pelos próximos 20 dias - até o fim do mês de maio, portanto.
O Rio Grande do Sul tem sofrido com um alto volume de chuva desde segunda-feira. Segundo a Defesa Civil, são 90 mortos, 132 desaparecidos e 361 feridos. Além disso, 203 mil pessoas ficaram fora de casa, sendo 48 mil em abrigos e 155 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Mais de 78% dos municípios gaúchos foram impactados pelas chuvas.
Em Porto Alegre, as águas do lago Guaíba invadiram a região das ilhas, ruas do Centro Histórico e a estação rodoviária. O nível da água superou a cota de inundação, atingindo 5,26 metros e superando a marca da enchente histórica de 1941, quando bateu 4,76 metros. O limite para inundação é de 3 metros. O governador do estado Eduardo Leite (PSDB) declarou estado de calamidade pública.
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