NavasReprodução / Twitter

Rio - O goleiro Keylor Navas, do PSG, está sendo acusado por um ex-funcionário de não cumprir leis trabalhistas na França. No processo movido contra o atleta, o homem alega que era obrigado a trabalhar armado e ficou alojado por 20 meses em um sótão úmido e sem janelas.
O ex-funcionário trabalhava para Navas como ajudante de manutenção. Segundo a denúncia, o goleiro nunca o colocou em folha de pagamento e nem registrou seu trabalho na Previdência francesa. O salário era de 3,2 mil euros (cerca de R$ 18 mil) por 90 horas semanais.
De acordo com o canal "BFM TV", Keylor Navas aparece em um vídeo gravando pelo ex-funcionário admitindo que não cumpria com suas obrigações como patrão.
"Aqui não trabalhamos com as leis francesas. Sem contrato francês, te pago em dinheiro e trabalhamos segundo as minhas regras", teria dito o costarriquense.
Segundo Me Yassine Yakouti, advogado do ex-funcionário, as condições de trabalho que foram dadas a seu cliente eram compatíveis com a escravidão.
"Estamos na fronteira do direito penal com fatos que podemos considerar que estão roçando a escravidão moderna. Mesmo se você for uma estrela do futebol, não tem direito de se livrar de todas as regras", declarou.
Keylor Navas tem futuro incerto para a próxima temporada. O goleiro já anunciou que deixará o PSG após perder espaço no elenco.