Torcedores do Peñarol detidos no Recreio dos BandeirantesRenan Areias / Agência O Dia
'Não tinha polícia', diz testemunha sobre confusão de torcedores do Peñarol no Recreio
Homem, que não quis se identificar, criticou a demora das autoridades para chegar ao local
Rio - A demora para o policiamento chegar na confusão de torcedores do Peñarol na orla da praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, foi um dos principais pontos de críticas de cidadãos presentes no local. Uma testemunha, que preferiu não se identificar, condenou o atraso.
"Eu estava na praia desde cedo. Depois, começou a confusão no posto 12. Bateram, roubaram pessoas, quiosques, foram para a areia, jogaram fogo em ônibus. Uma correria e não tinha polícia. Até a guarnição toda chegar demorou cerca de duas horas", disse, em entrevista a O DIA.
O mesmo ainda destacou que, na última terça-feira (22), já haviam sinais da possibilidade dos torcedores do Peñarol praticarem o caos pela cidade. De acordo com ele, as autoridades "desdenharam" do que os uruguaios poderiam fazer.
Segundo outro homem, que também não quis ter sua identidade revelada, a confusão já havia começado desde cedo, por volta das 10h (de Brasília). Muitos pedaços de vidro e pedras foram atirados pelo grupo, sendo contidos somente pelos policiais, que chegaram à praia do Pontal arremessando bombas de efeito moral e gás de pimenta.
Em 2019, uruguaios se envolveram em briga com torcedores do Flamengo na praia do Leme, na zona sul do Rio, antes das equipes se enfrentarem pela Libertadores. A confusão resultou na morte de Roberto Vieira, um rubro-negro agredido no conflito, dez meses depois do acontecimento.
Já em setembro deste ano, houve outro confronto entre rubro-negros e aurinegros na praia da Macumba, também no Recreio.
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