Sede da CBFLucas Figueiredo/CBF

Rio - A Confederação Brasileira de Futebol se corrigiu e disse que discorda "veementemente da atuação da Conmebol nos casos de racismos". A CBF chegou a assinar uma carta com a entidade sul-americana, mas voltou atrás e fez críticas.
"Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que assinatura da Confederação Brasileira de Futebol no documento em anexo, foi concebida pela Assessoria do Gabinete da Presidência da CBF, uma vez que o Presidente Ednaldo Rodrigues Gomes está acompanhado a seleção brasileira principal, durante a partida válida pela Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2026, a ser disputada em Brasília-DF", diz um trecho do documento, enviado à Conmebol.
"A CBF discorda veementemente da atuação da Conmebol nos casos de racismos e muito menos que a entidade esteja em conformidade com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes Ligas, Confederações e FIFA, uma vez que não somente não foi adotado o Protocolo Anti-Racismo determinado pela FIFA na partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, válida pela CONMEBOL Libertadores sub-20, na qual os atletas brasileiros Luighi e Figueiredo foram vítimas do crime de racismo, como também foi aplicada uma sanção inócua, ineficaz e insuficiente diante da gravidade do evento, dos danos irreparáveis causados aos atletas e a reincidência do clube paraguaio", diz outra parte.   

O caso

Mais cedo, a CBF decidiu assinar uma carta junto à Conmebol em que as entidades afirmam estarem "comprometidos com a luta contra o racismo, a discriminação e qualquer ato de violência". As outras nove associações sul-americanas também assinaram o documento.
Na carta, eles afirmam que a Conmebol, mesmo com as críticas recentes pelas punições brandas em casos de racismo, "está em linha com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes ligas, confederações e Fifa".