Leila Pereira é a presidente do PalmeirasFabio Menotti / Palmeiras

Rio - A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, quer o fair play financeiro em debate no futebol brasileiro. Ela destacou que clubes que atrasam seus compromissos "continuam competindo em igualdade de condições" e garantiu que o Alviverde "baterá forte" no tema.
"Precisa entrar no debate o fair play financeiro. Clubes que atrasam salário, que atrasam imagem. Porque é aquele negócio: eles pagam em dia CLT e não pagam em dia a imagem. Clubes que atrasam pagamentos de compromissos com outros clubes na aquisição de jogadores e continuam competindo em igualdade de condições", disse Leila, à ESPN.
"Isso cria distorção no campeonato. É uma pauta extremamente importante. Sei que é sensível para alguns clubes que não pagam em dia seus compromissos, mas sem dúvida nenhuma, nós vamos bater forte nisso. O Palmeiras compete em igualdade de condições. Nós pagamos em dia nossos compromissos, mas exigimos que os outros clubes paguem em dia também", completou.
Leila ainda citou os campos sintéticos ao dizer que o gramado não causa desequilíbrio, mas sim a falta de fair play financeiro.
"É muito demorada (a cobrança). Até acontecer o julgamento, já passou o campeonato. Os clubes que pagam em dia são prejudicados pelos que não pagam ninguém. Isso é uma pauta extremamente importante. Não é gramado sintético. É outra pauta. Não o gramado que cria desequilíbrio entre as competições, mas sim essa falta de fair play financeiro".
O tema ficou em alta após um grupo de jogadores do futebol brasileiro se unirem e iniciarem um movimento contra os gramados sintéticos no país. Nomes como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Lucas Moura e Gabigol publicaram uma nota nas redes sociais em fevereiro para cobrar uma padronização com piso natural e de qualidade nos estádios.
O Allianz Parque, a casa do Palmeiras, tem gramado sintético. Recentemente, Leila defendeu o campo e afirmou que as críticas "normalmente são de atletas que deveriam já ter parado de jogar futebol".