Endrick em treino da seleção brasileiraRafael Ribeiro/CBF

Brasília - A baixa minutagem de Endrick e os planos da Seleção para o atacante estiveram em pauta na entrevista coletiva desta segunda-feira, 24, de Dorival Júnior. O atacante sequer estava na lista de convocados para a data Fifa de março, mas acabou chamado após o corte de Neymar. O técnico do Brasil citou os minutos do atacante no Real Madrid para explicar o pouco espaço neste momento e revelou que teve uma longa conversa com Carlo Ancelotti, do Real Madrid.
"Nos momentos de convocações, aquilo que nós falamos que é um fator, que, de repente, um atleta ou outro não tenha tido uma minutagem tão alta dentro das suas equipes. Segundo ponto: o Endrick vem sendo acompanhado e muito. Nessa última viagem para fora, tive uma conversa de umas 2h30 com o Ancelotti. Falamos sobre muitos assuntos, mas principalmente sobre esse momento que o Endrick vem vivendo", disse Dorival Júnior.
"Ele está tendo uma evolução muito grande daquilo que nós vimos há um ano e daquilo que conhecemos. Trabalho no Palmeiras foi muito bem feito, muito bem realizado. Endrick, agora, já está numa nova etapa. Ele está muito mais maduro. Natural isso. Acredito que um ano de Europa... E naturalmente se ficasse dentro do país já teria uma evolução um pouco diferente. O Endrick vem chamando a atenção em todos os treinamentos", completou.
Desde que Dorival assumiu o comando da seleção brasileira, Endrick disputou 11 jogos e somou 313 minutos, sem contar os acréscimos. Isso representa uma média de quase 28,5 minutos por partida.
Nos últimos dois compromissos do Brasil em 2024, diante da Venezuela e do Uruguai, Endrick não estava com o grupo. Já na rodada passada, contra a Colômbia, não saiu do banco.
"Precisamos, primeiro, ter um pouco mais de posse de bola com a nossa equipe. Temos que valorizar um pouco mais essa posse. Por isso, a característica de um João Pedro, a característica de um Matheus (Cunha) no sentindo de tentarmos ter essa condição. Valorizarmos um pouco, rodarmos um pouco o lado do campo para que, com nossos jogadores e as qualidades que temos nas individualidades, nós possamos tirar algum proveito", explicou Dorival.
"Para que isso aconteça, precisamos, neste momento, termos um pouco mais dessa posse, o que não vem acontecendo. Somos uma equipe que verticaliza muito os jogos. É natural que exista sempre a possibilidade de uma chegada bem rápida, como em acontecido. Com isso, (vem) a criação de muitas oportunidades. A partir do instante em que encontrarmos um equilíbrio e uma regularidade maiores, talvez nós possamos tirar muito mais proveito pela qualidade que a nossa equipe possui", finalizou.
Com Endrick no banco, a seleção brasileira volta a campo nesta terça-feira (25), a partir das 21h (de Brasília), para enfrentar a Argentina no Estádio Monumental, em Buenos Aires. A partida é válida pela 14ª rodada das Eliminatórias.