A torcida começou a chegar ao Setor Leste do Engenhão às 14h, carregando bandeiras e faixas. Uma delas “E o vento não levou o Engenhão”, foi pendurada no portão de entrada. Fazia referência aos ventos de 93km/h que atingiram o Rio em maio e que não causaram danos ao estádio, ao contrário do que indicava laudo inicial, de que haveria riscos à estrutura da cobertura com ventos acima de 63km/h. Os alvinegros também gritavam “ão, ão, ão, devolve o Engenhão” e “Eduardo Paes, meu voto nunca mais”. No Twitter, a hashtag “Eduardo Paes Devolve Nosso Estádio” ficou um bom tempo entre os assuntos mais comentados.
Protesto termina em tumulto no Engenhão
Abraço simbólico da torcida ao estádio acaba em confusão tendo como alvo jornalistas
Rio - Torcedores do Botafogo protestaram ontem contra o fechamento do Engenhão. A manifestação terminou em confusão, tendo como alvo profissionais de imprensa, que chegaram até a ser ameaçados de agressão. O protesto começou a ser organizado no Twitter, tendo como objetivo dar um abraço simbólico no estádio. No entanto, neste sábado, equipes de TV e repórteres foram xingados. Um carro da Rede Globo foi alvo de chutes e teve um dos limpadores do vidro traseiro quebrado.
Os torcedores começaram a preparar a manifestação antes de a Prefeitura do Rio ter apresentado o laudo recomendando o fechamento do estádio por 18 meses para que os problemas na cobertura pudessem ser reparados. O Engenhão está interditado desde 26 de março.
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A diretoria do Botafogo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o prazo de 18 meses para a reabertura do estádio. Com salários atrasados e sem local para treinar e jogar as partidas do Campeonato Brasileiro, o clube estima o prejuízo em R$ 50 milhões. Como alternativa para amenizar a crise financeira, o Botafogo deve negociar jogadores. Os mais visados são Dória, Gabriel e Lodeiro.