Por rafael.arantes
Rio - Torcedores do Botafogo protestaram ontem contra o fechamento do Engenhão. A manifestação terminou em confusão, tendo como alvo profissionais de imprensa, que chegaram até a ser ameaçados de agressão. O protesto começou a ser organizado no Twitter, tendo como objetivo dar um abraço simbólico no estádio. No entanto, neste sábado, equipes de TV e repórteres foram xingados. Um carro da Rede Globo foi alvo de chutes e teve um dos limpadores do vidro traseiro quebrado.
Os torcedores começaram a preparar a manifestação antes de a Prefeitura do Rio ter apresentado o laudo recomendando o fechamento do estádio por 18 meses para que os problemas na cobertura pudessem ser reparados. O Engenhão está interditado desde 26 de março.
Engenhão seguirá fechadoPaulo Alvadia / Agência O Dia

A torcida começou a chegar ao Setor Leste do Engenhão às 14h, carregando bandeiras e faixas. Uma delas  “E o vento não levou o Engenhão”, foi pendurada no portão de entrada. Fazia referência aos ventos de 93km/h que atingiram o Rio em maio e que não causaram danos ao estádio, ao contrário do que indicava laudo inicial, de que haveria riscos à estrutura da cobertura com ventos acima de 63km/h. Os alvinegros também gritavam “ão, ão, ão, devolve o Engenhão” e “Eduardo Paes, meu voto nunca mais”. No Twitter, a hashtag “Eduardo Paes Devolve Nosso Estádio” ficou um bom tempo entre os assuntos mais comentados.

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A diretoria do Botafogo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o prazo de 18 meses para a reabertura do estádio. Com salários atrasados e sem local para treinar e jogar as partidas do Campeonato Brasileiro, o clube estima o prejuízo em R$ 50 milhões. Como alternativa para amenizar a crise financeira, o Botafogo deve negociar jogadores. Os mais visados são Dória, Gabriel e Lodeiro.