Em entrevista à "Folha de São Paulo", João Moreira Salles explicou que seu papel, ao lado de Walter, seu irmão, não passou de transmitir o estudo financeiro feito pela E&Y para a diretoria do Botafogo, que, por sua vez, pode ter a dimensão da real situação do clube e tenha a noção de quanto dinheiro terá que levantar para quitar as dívidas a curto prazo, com a ajuda de novos investidores que venham a se interessar pelo projeto.
"O que meu irmão (Walter) e eu fizemos foi apenas contratar um estudo sobre a situação do clube, um diagnóstico dos problemas, seguido de indicações de possíveis saídas. Recebemos o trabalho e o passamos à diretoria do Botafogo", afirmou.
"Nosso compromisso com o Botafogo cessa com a entrega do estudo. Não temos projetos políticos pessoais em relação ao Botafogo. Não seremos candidatos a nada, tampouco temos predileção para que o clube se torne isto ou aquilo - seja agremiação sem fins lucrativos, clube social, fundação ou empresa. Acima de tudo, não queremos ser donos do clube", completou.
A possível profissionalização do Botafogo, é verdade, não diz que nenhum dos futuros investidores terá, necessariamente, participação efetiva na diretoria - a não ser, é claro, que se candidate para tal.