Rio - O Aeroporto do Galeão ficou pequeno para a empolgação alvinegra com a chegada de Keisuke Honda, o mais novo candidato a ídolo do Botafogo. Com direito a bandeirão do jogador e faixas com expressões em japonês, dois mil torcedores foram recepcionar o craque num misto de euforia e esperança de um futuro glorioso.
Sem parar de cantar nem um minuto sequer, os alvinegros mostravam uma grande variedade de músicas — pelo menos três para o novo reforço —, com direito a uma provocação a Gabigol.
"O Honda tá vindo aí, e muita taça eu vou ganhar", dizia uma das canções mais entoadas no Galeão. Quando os torcedores souberam que o camisa 4 estava em solo brasileiro, furaram até a barreira de segurança para chegar mais perto do craque.
Nem todos tinham certeza de que a expectativa será correspondida em campo, mas já é inegável o retorno para o clube fora das quatro linhas. Enquanto os alvinegros vivem a 'Hondamania', o Fogão também virou febre na terra do sol nascente. Aya, Yui, Chiaki, Rinako e Reira, cinco japonesas que fazem intercâmbio no Brasil, foram recepcionar o maior jogador da história do seu país.
"Ele é muito famoso no Japão, muito legal e as meninas gostam dele", disse Chiaki, a única do grupo que fala português, mas todas adotaram o Botafogo como clube do coração e deram as boas-vindas ao apoiador. "Compramos as camisas hoje e preparamos isso (bolas de gás com palavras que formavam a frase "bem-vindo, Honda" em japonês) para ele".
O universitário Hugo Benício, que estava com uma comunidade de japoneses nos EUA, se impressionou com o impacto da contratação: "Todos (os japoneses) só falavam sobre o Honda estar vindo para o Brasil, e, quando disse que era para o meu time, quiseram saber mais".
Críticas a Valentim
Mas nem a empolgação com a chegada de Honda foi suficiente para diminuir a insatisfação com o técnico Alberto Valentim. Entre os cantos de apoio ao japonês, torcedores pediam a saída do treinador e do presidente Nelson Mufarrej, que estava presente.