Em carta à torcida, Honda se despede e admite que poderia rendido mais
Com proposta da Europa, apoiador japonês antecipou o fim do contrato com validade até fevereiro de 2021
Por O Dia
Rio - Dois dias após colocar um ponto final na relação com o Botafogo, Keisuke Honda quebrou o silêncio sobre a saída do clube. Ativo nas redes sociais, o apoiador japonês se posicionou sobre o rompimento do contrato válido até o fim do Campeonato Brasileiro, em fevereiro. No Twitter, postou uma carta aberta ao torcedor e, com sinceridade, reconheceu o desapontamento com o próprio rendimento com a camisa 4 do Glorioso.
"No início, aceitei todas as suas críticas de que eu não poderia ter resultados. As críticas são naturais e não estou dando desculpas, eu também me decepcionei, eu sinto muito. Em segundo lugar, estou muito agradecido por tudo que vocês fizeram, foi uma ótima experiência e nunca vi e senti algo desse tamanho com os torcedores no aeroporto e no estádio quando cheguei. Tomei esta decisão por motivos pessoais e profissionais, mas estive muito feliz durante esta temporada. Eu também agradeço a todos os meus companheiros de equipe. Obrigado", postou Honda.
Anunciado em janeiro como a principal contratação do Botafogo para 2020, Honda, de 34 anos, não conseguiu se consolidar como referência em campo. Nos bastidores, porém, se destacou pela liderança positiva sobre o carente elenco e pelos projetos sociais. Pouco mais de nove meses depois de desembarcar no Rio, Honda se despede com três gols em 27 jogos.
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Machucado, o japonês tem previsão de volta para fevereiro, próximo do fim do vínculo. Por conta da longa recuperação da lesão na coxa esquerda, o camisa 4 decidiu exercer a cláusula de rescisão sem custos para o clube. Honda, que alegou problemas familiares para romper o contrato com o Botafogo, tem oferta para voltar a jogar na Europa em 2021.
Numa temporada prejudicada pela pandemia do novo coronavírus, o Botafogo paga um alto preço pela mau planejamento. Com 46 contratações e cinco técnicos em 2020 (Alberto Valentim, Paulo Autuori, Bruno Lazaroni, Ramón Díaz, dispensado antes mesmo da estreia, e Eduardo Barroca), o Alvinegro agoniza no penúltimo lugar do Brasileiro, com 28 pontos, e risco de rebaixamento de 89%, de acordo com os dados do site 'Infobola'. À distância, como embaixador do clube na Ásia, Honda torcerá por dias melhores.
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Confira a carta de Honda na íntegra:
"Tenho uma coisa que quero lhes contar diretamente. Como vocês sabem, vou sair do Botafogo.
No início, aceitei todas as suas críticas de que eu não poderia ter resultados. As críticas são naturais e não estou dando desculpas, eu também me decepcionei, eu sinto muito.
Em segundo lugar, estou muito agradecido por tudo que vocês fizeram, foi uma ótima experiência e nunca vi e senti algo desse tamanho com os torcedores no aeroporto e no estádio quando cheguei. Tomei esta decisão por motivos pessoais e profissionais, mas estive muito feliz durante esta temporada. Eu também agradeço a todos os meus companheiros de equipe. Obrigado.
Por último, mais uma vez, muito obrigado por tudo. Eu pessoalmente vou buscar uma oportunidade de continuar apoiando o clube como embaixador do Botafogo na Ásia. Obrigado".