Durcesio Mello é o presidente do BotafogoVítor Silva/Botafogo

Rio - A diretoria do Botafogo não está parada no sentido de dar uma resposta ao protesto de silêncio iniciado na última quinta-feira pelo elenco, contando jogadores e membros da comissão técnica, por atrasos salariais. O clube tem um processo para liberar dinheiro suficiente para pagar estas dívidas.
Vale lembrar: o elenco do Alvinegro anunciou que não vai mais conversar com a imprensa e com a comunicação do clube como uma forma de protesto. O Alvinegro tem quase três meses de direitos de imagem em aberto com os atletas - pouco mais de 15 pessoas no plantel recebem este valor.

Os dirigentes, claro, correm para resolver a questão. O Botafogo tem a quantia disponível para quitar salários e direitos de imagem até as folhas de novembro - que vencem no começo de dezembro -, mas o dinheiro está preso. O clube entrou com um processo na Justiça para desbloquear estes números com caráter de urgência. O caso corre na 75ª Vara do Trabalho.

O Botafogo conta com a ajuda do Sindeclubes para o pagamento dos salários CLT. A instituição garante até 60 salários mínimos - pouco mais de R$ 70 mil - para cada jogador a partir de verbas do Alvinegro que estão bloqueadas ou penhoradas na Justiça. O clube busca esse mesmo processo, mas liberando uma verba maior que outrora para também "abraçar" os direitos de imagem.

Dirigentes do Alvinegro avisaram à Justiça sobre o protesto, explicaram a situação e esperam que o caso seja "colocado à frente", com a tendência de ter uma resposta mais rápida do que o esperado. O elenco foi comunicado sobre esse processo, mas a tendência é que mantenha o protesto de pé até que os valores estejam, de fato, em dia.