John Textor, acionista majoritário do Botafogo e dono da Eagle FootballRoque de Sá / Agência Senado

Rio - O acionista majoritário do Botafogo, John Textor, foi denunciado pela procuradoria do Supremo Tribunal de Justiça Desportivo (STJD) pelas manifestações sobre supostas manipulações de jogos no Campeonato Brasileiro. O norte-americano foi enquadrado cinco vezes no artigo 243-F e uma no 221. A pena máxima para o empresário é de 810 dias de suspensão, além de uma multa de até R$ 500 mil.
Em março, John Textor afirmou ter provas de que partidas do Brasileiro estariam sendo manipuladas e as apresentou ao STJD para apreciação de inquérito. No mês seguinte, o norte-americano afirmou que a partida entre Palmeiras e São Paulo, da Série A do ano passado, havia sido manipulada.
O inquérito foi aberto após pedido da Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol para apurar alegações de manipulação de resultados. A conclusão do inquérito ocorreu em julho. A sugestão foi de que Textor deveria ser penalizado em seis anos de suspensão e uma multa de R$ 2 milhões.
A entidade analisou a documentação entregue pelo acionista do Botafogo e as julgou como "imprestáveis". Com isso, as ações de Textor foram consideradas "ilícitos esportivos contra a honra de sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros". Além disso, "foram constatadas infrações contra a ética desportiva e motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito".