Gabigol e Reinier marcaram na vitória sobre o Avaí - Edu Andrade/Fato Press/Estadão Conteúdo
Gabigol e Reinier marcaram na vitória sobre o AvaíEdu Andrade/Fato Press/Estadão Conteúdo
Por O Dia
O Flamengo não para. E essa afirmação, claro, não é apenas pelos 3 a 0 impostos sobre o Avaí, último colocado. É a constatação sobre um time que, com a temporada em andamento, quase meio Campeonato Brasileiro ainda por disputar, já acumula recordes e marcas significativas. Individuais e coletivas.

Ao bater os catarinenses em Brasília, no sábado, o Rubro-Negro chegou aos 39 pontos e superou sua arrancada para o título de 2009, quando conseguiu 38 pontos na segunda metade da competição. Com uma rodada a menos, o Fla já tem seu melhor turno da história dos pontos corridos.

Agora, terá a chance de ampliar esta marca e aumentar a sua vantagem - atualmente em dois pontos - para o Santos, 2º colocado, num confronto direto. Pra isso, conta com o melhor ataque do Brasil, que já estufou as redes 94 vezes em 49 jogos na temporada. Recorde entre os clubes da Série A em 2019 e sua melhor média gols neste século - 1,91 g/j - superando o time de 2008 - 1,90 g/j.

Fruto de um ataque que individualmente também vem se superando. Artilheiro do país, Gabigol chegou aos 29 tentos no ano, sua maior marca da carreira - fez 27 pelo Santos em 2018. E ainda faltam cerca de 20 jogos para o fim da temporada. Bruno Henrique, que está com a Seleção Brasileira, é outro em grande fase. São 18 gols com a camisa do Flamengo em 2019, mesmo número alcançado em 2017, pelo Peixe, só que com 13 atuações a menos - 40 x 53.

Quem fecha o trio ofensivo da equipe - que só teve Gabriel em campo no fim de semana - é o uruguaio Arrascaeta, que também caminha para o seu recorde de gols. São 12 pelo Rubro-Negro em apenas 34 jogos, uma média de 0,35 por confronto. Valor que já supera o 0,31 que alcançou pelo Cruzeiro no último ano, quando marcou 15 vezes em 48 duelos.

Até o zagueiro Pablo Marí tem curtido a fase artilheira. Contra o Avaí, marcou seu segundo gol pelo clube em sua 10ª partida. Suas melhores temporadas no ataque foram em 2014/2015, pelo Nástic, da Espanha, e 2017/2018, pelo Breda, da Holanda, quando estufou as redes três vezes em 39 e 31 jogos, respectivamente.

O Flamengo 2019 de Jorge Jesus não tem um craque fora de série como Ronaldinho Gaúcho, que passou pela Gávea entre 2011 e 2012, nem um ídolo surgido de suas entranhas, como Adriano em 2009 e 2010, mas tem um elenco bem acima da média em todas as posições. E o mais importante: com peças de reposição que se não mantém o nível dos titulares, se colocam no mínimo à altura dos adversários.

Todos reunidos em grande fase, sob o comando de um técnico que não gosta apenas da bola, da posse, mas principalmente do gol. Sabe ser objetivo e contundente com ela. E por isso o Flamengo não para. E quem para o Flamengo?