O jogo começou a mudar quando Jorge Jesus girou o seu ataque.
Gabigol, antes centralizado entre Lucas Verissimo e Gustavo Henrique, brigando - literalmente - com a dupla de zaga, passou a cair pelo lado direito. Bruno Henrique foi para a esquerda fazer companhia a Arrascaeta - excessivamente discreto - e, em alguns momentos, Everton Ribeiro, que armou de todos os pontos do gramado - inclusive da defesa, como no gol.
Isso obrigou o Peixe a mudar sua marcação, levando mais jogadores para um lado do campo e, consequentemente, deixando o outro mais exposto. Exatamente o lado onde estava Gabriel, artilheiro do ano no Brasil e velho conhecido dos santistas. Assim, o Fla mexeu com o Santos e com o placar.
Dali, no mano a mano com Gustavo Henrique, pela ponta, com o espaço que ainda não tinha tido, de frente para Éverson, vendo o desespero do goleiro adiantado, o camisa 9 teve calma e, principalmente, a qualidade para acertar um chute que só quem vive em lua de mel consigo mesmo - e com a torcida - é capaz de tentar e marcar.
Um golaço no Maraca! Com 'G' maiúsculo de Gabigol, mas também com o 'J', da 'jogabilidade coletiva' de Jorge Jesus.