A relação entre Flamengo e Lincoln se desgastou no dia 2 de dezembro, quando Bruno Spindel ligou para o atacante para pedir que ele viajasse às pressas para Salvador para reforçar o time sub-20. A solicitação não caiu bem nem com o jogador e muito menos com os seus representantes. Inclusive, o seu principal agente, Victtão Remiro, bateu boca com o diretor executivo rubro-negro pelo telefone, e os dois chegaram a trocar xingamentos.
Na ocasião, Spindel ameaçou, dizendo que se Lincoln não fosse para o jogo do Sub-20, ele seria afastado do elenco principal. Promessa cumprida. No dia seguinte, no dia 3 de dezembro, o atacante se apresentou ao técnico Rogério Ceni, mas foi advertido pela diretoria e liberado da atividade. Na ocasião, o jogador percebeu que o seu material esportivo sequer estava no vestiário e saiu do Ninho do Urubu bufando, segundo relatou uma fonte.
"O cara bateu a porta do carro muito forte. Estava revoltado", disse a pessoa que viu Lincoln deixar o CT.
De lá para cá, Lincoln mantém a sua rotina de treinamentos com a categoria de base. Quando o Sub-20 folga, o atacante participa da atividade com a "baba", que são os jogadores que sequer são relacionados para jogos. O comprometimento, porém, não muda a sua decisão e nem a do seu estafe: não entrará em campo pelo Sub-20.
A decisão é porque no entendimento deles, o Flamengo tomou a atitude de deixar o atacante treinando com a base apenas por retaliação, após recusa de reforçar o Sub-20 no dia 3 de dezembro, contra o Bahia.
Enquanto isso, os representantes de Lincoln trabalham em busca de propostas, que devem chegar em janeiro e, assim, acontecer a despedida de forma melancólica do atacante do Flamengo, clube que ele começou a dar os primeiros tapas na bola ainda criança.