Filipe Luís é o técnico do FlamengoGilvan de Souza/Flamengo
Filipe Luís exalta dupla do Flamengo e evita falar da final da Libertadores: 'Muito longe'
Técnico também colocou a torcida como fator determinante para a vitória sobre o Sport
Rio - Filipe Luís abordou o posicionamento de Bruno Henrique na vitória do Flamengo sobre o Sport por 3 a 0 no Maracanã, neste sábado (1º), pelo Campeonato Brasileiro. O treinador defendeu que o camisa 27 atuou onde jogou durante praticamente todo o ano mágico de 2019. Ao fazer essa análise, ele exaltou o atacante e Arrascaeta, que são remanescentes daquele time vitorioso.
"O Bruno hoje jogou onde jogou durante 2019 praticamente o ano inteiro. Ele e o Gabi na frente, Arrasca na esquerda e o (Everton) Ribeiro na direita. Essa é a posição dele, por mais que me digam o contrário, é onde vejo ele poder fazer a diferença. Ele chega bem na direção do gol, tem bom cabeceio, sabe explorar o espaço e quando está com confiança... Como eu poderia dizer... Ele e o Arrasca são lendas históricas do Flamengo. Temos que agradecê-los".
Durante a coletiva, a final da Libertadores, contra o Palmeiras, veio à tona. Afinal, os times também disputam o título do Brasileirão. O treinador foi perguntado se o campeão do campeonato nacional poderia vir antes da decisão ou ficaria para depois, mas evitou falar sobre o tema e ressaltou foco no São Paulo, próximo adversário do Rubro-Negro na temporada.
"Sou muito ruim em fazer previsões. Se quem faz previsões acertasse, o futebol não teria graça e os apostadores estariam ricos, e estão todos com problemas. Nunca dá para prever essas coisas. Então, o que temos que fazer é pensar no próximo jogo. Está muito longe da final".
"Sei que vocês querem saber da final, falar da final, mas a única que passa na minha cabeça é São Paulo. Essa é a mensagem que tenho passado para os meus jogadores. O que está na nossa cabeça é a próxima rodada. A única coisa que importa é o que está no nosso alcance. O que podemos fazer é tentar ganhar o São Paulo na próxima rodada".
PEDRO E A FINAL DA LIBERTADORES
"Não sou médico, mas já quebrei as duas pernas, braço, tudo que é osso... São seis semanas. Está muito ajustado para o Pedro chegar nessa final, mas tendo em conta a recuperação tão perfeita no joelho... E ele é um homem de fé, todos acreditamos que ele possa, sim, conseguir essa proeza. Sem colocar prazo ou pressa no jogador. O primeiro é a saúde, que ele esteja bem para poder performar".
TORCIDA
"Eu não tenho dúvida que a torcida foi fator determinante nessa vitória. Vou explicar, porque quando entram em campo jogadores que não estão no seu melhor momento de forma, como Lino, Bruno Henrique, que não estão com a confiança elevada. O próprio Plata que vinha de uma expulsão, que fez, para mim, um excelente jogo contra o Racing, mas a expulsão afeta a cabeça de um jogador. Eles não receberam a cobrança que costuma receber com a torcida do Flamengo. Isso é importante que a torcida saiba que foi determinante na recuperação desses jogadores no decorrer do jogo. O Lino começa errando, a gente já sabia que ia acontecer isso. Conforme foi passando, ele foi recuperando bolas, defendendo, se encontrando melhore voltando a ser o Lino. ".
"Não podemos pegar um jogador desse preço e botar na gaveta, não botar mais porque vai ser vaiado. Essa é a capacidade que o torcedor tem em cima dos jogadores. Então, conforme passaram os minutos, os jogadores foram melhorando, Bruno Henrique acabou fazendo gol, recuperando toda a confiança, o Lino acabou jogando muito bem e sendo importante até o final do jogo. Não quero nunca ensinar o torcedor a torcer, cada um faz o que quer, mas gostaria que o torcedor entendesse a capacidade que tem de mudar a performance de um jogador. Muito feliz também porque lotou, 70 mil pessoas no Maracanã".
JOGO CONTRA O SÃO PAULO NA VILA BELMIRO
"Acredito que o São Paulo esteja mais confortável na Vila do que nós. Eles jogo mais lá do que a gente. Acontece, nós muitas vezes também levamos para Brasília alguns jogos, nos sentimos confortáveis lá, por exemplo, porque já fomos mais vezes. E também porque o maior número de torcedores, muitas vezes, são nossos".
"Não sei como vai ser a distribuição dos ingressos, mas faz muita diferença quem tem a maioria da torcida ou quem canta mais. Mas claro que não é a mesma coisa para o São Paulo como é jogar no Morumbi. Com certeza muda, é diferente. Mesma coisa quando a gente não joga no Maracanã, não é a mesma coisa".

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