Rio - Com quase um ano de clube, Cristóvão Borges se despediu nesta segunda-feira do Fluminense. Em situação perigosa no Carioca, o Tricolor demitiu o treinador e vai para campo nas últimas rodadas da competição sem o ex-comandante. Se preparando para o adeus, ele agradeceu ao clube das Laranjeiras pelo reencontro, já que Cristóvão atuou como jogador de futebol pelo Flu.
"Eu sempre, conversando com vocês aqui, falei do trabalho que havíamos feito na temporada passada e da satisfação de ter renovado o contrato em um momento importante. Sabia da dificuldade que seria sem a parceria de muito tempo, que dava um suporte financeiro. A perda de muitos jogadores, que tinha que ser refeito. O clube com outro modelo de gestão. Era um grande desafio, esse trabalho requer tempo e tempo no futebol é pra ontem. Junto com qualquer coisa, no futebol, tem que haver resultado. Estamos caminhando, num desenho positivo, mas é uma pena a gente não ter conseguido alguns resultados e com isso ficou difícil a sustentação do trabalho", afirmou.
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Apesar da saída prematura, já que havia renovado o contrato com o Flu no fim da última temporada, Cristóvão afirmou que não deixa a equipe das Laranjeiras com sentimento de traição ou rancor.
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"Mágoa zero. Não gosto de despedida, sou uma pessoa alegre, feliz e é a primeira vez que venho aqui para me despedir das pessoas. Fiz isso como forma de agradecimento, a oportunidade recebida pela diretoria, a todos os jogadores, comissão técnica, funcionários. Essas muitas pessoas, que trabalharam durante todo esse ano, tive o apoio de todas as elas. O Mário Bittencourt foi um parceiro de todo o tempo. Acho que o Fluminense está encontrando um caminho, não é fácil, mas fica o meu agradecimento especial ao grupo de jogadores. Altamente profissionais. Tivemos uma relação muito bonita, respeitosa. Eles só me deram orgulho", afirmou.
O atual momento do Fluminense é bastante complicado. A equipe está fora do G-4 do Carioca com quatro pontos atrás do Vasco, quarto colocado, faltam quatro rodadas para o fim da fase classificatória. Apesar da fase ruim, Cristóvão disse que acredita na recuperação da equipe na competição e na temporada.
"É muito difícil falar sobre isso neste momento. Meu desejo era de continuar. Isso aí é notório, não só aqui, no Rio ou em outros clubes, dificilmente o time tem elenco para jogar o Campeonato Brasileiro. Não é só aqui. O Fluminense ainda está num processo de reconstrução. Acho que o time tem um desenho para ser seguido. Para o Brasileirão, precisava ficar mais forte, um grupo maior. Precisa ter mais qualidade, que já tem, mas precisa ser aumentado.", concluiu.
