Por fabio.klotz

Rio - O ultimato de Fred à diretoria tricolor, bem ao estilo "ou ele ou eu", pegou Levir Culpi de surpresa. Com o moral lá no alto pela campanha de nove jogos de invencibilidade sob seu comando, o treinador não mudou de opinião sobre a hierarquia dentro do Fluminense e ainda recebeu o apoio da diretoria e da torcida durante a vitória sobre o Volta Redonda. Percebendo a situação, o capitão já pensa em levantar a bandeira branca e conversar com o técnico por um entendimento.

Semana será decisiva para o futuro de Fred no FluminenseMailson Santana / Fluminense F.C. / Divulgação

Antes de a bola rolar, o comandante se mostrou aberto ao diálogo, que, segundo ele, não ocorreu: “Não tive a oportunidade de falar com o Fred pessoalmente. Nós nos conhecemos há muito tempo, nossa convivência é ótima, nunca tivemos problema pessoal. O técnico de futebol não é nem nunca vai ser mais importante que o Fluminense. Quanto mais um jogador. Não tem contrariedade. A possibilidade de falar comigo está aberta. Estou sem saber o que está acontecendo para tomar uma posição. Quem está insatisfeito no clube tem que sair. O Fluminense não pode ficar à mercê de atleta, de técnico, de dirigente. O clube é muito maior”, disse Levir, com a sinceridade que lhe é habitual.

No sábado, Fred se reuniu com o presidente, Peter Siemsen, e o diretor-executivo, Jorge Macedo, para expor sua insatisfação com o técnico, que o substitui frequentemente. O atacante teria pedido a demissão de Levir, o que foi negado de imediato. A partir de então, a saída do camisa 9 se tornou iminente, porém, há um grande obstáculo. As janelas de transferências dos principais centros do futebol mundial já estão fechadas, logo, ele só poderia ir para outro clube brasileiro ou para a MLS, a liga de futebol profissional norte-americana.

A possibilidade de diminuir em R$ 800 mil a folha de pagamento dos jogadores animou Peter Siemsen. O mais difícil para Fred seria encontrar um clube que pague um salário tão alto para os padrões atuais do Brasil.

Não é a primeira vez que Levir Culpi ganha um embate com um grande astro. No meio de 2014, o técnico bateu de frente com Ronaldinho Gaúcho no Atlético-MG e o craque deixou o clube.

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