Bahia - Pressionado por todos os lados, não há outra alternativa ao Fluminense a não ser derrotar o Bahia nesta quinta, às 21h, na Fonte Nova, para estancar a crise que vai consumindo o elenco aos poucos. Sem vencer e fazer gol há cinco rodadas no Campeonato Brasileiro, o Tricolor ainda viu a falta de pagamento de salários ganhar grandes proporções com a insatisfação dos jogadores externada para a imprensa após protestos da torcida contra o time. Se não bastasse, a zona de rebaixamento é um risco real e a necessidade de se livrar logo dela tornou-se urgente.
Sem tempo de treinar direito, Marcelo Oliveira ainda terá que fazer novas mudanças, já que não terá Richard, suspenso, e Airton, com estiramento na coxa direita. Jadson, que retorna à equipe, e Dodi serão os volantes. Para acabar com o incômodo jejum de gols, o técnico deve manter os três atacantes.
Apesar dos problemas para montar a equipe titular, a maior preocupação continua sendo a situação financeira. Com dois meses de salários atrasados, além de cinco de direitos de imagem, o presidente tricolor, Pedro Abad, organizou uma vaquinha para tentar amenizar a falta de dinheiro. Só que a atitude teve efeito inverso.
Com a ajuda de conselheiros e ex-dirigentes, Abad arrecadou cerca de R$ 150 mil, pagos na terça-feira. Com o valor irrisório em relação à dívida de R$ 9 milhões (fora os impostos) com o elenco, os jogadores optaram por dividir com todo o departamento de futebol. Alguns, inclusive, teriam ironizado a quantia baixa, segundo o site 'NetFlu'.
O pagamento dos salários atrasados segue sem previsão, mas há a expectativa de que se quite parte da dívida no fim desta semana.
Em nota, o Fluminense confirmou a vaquinha, mas negou ter havido descontentamento com a iniciativa, assim como Jadson. O volante também explicou porque se optou por dividir com todos. "Jamais vamos criticar qualquer tipo de ajuda que venha ao elenco. Passamos por um momento difícil e toda ajuda é bem-vinda.Todos damos o nosso melhor, mas também é com este tipo de ato que demonstramos que todo mundo está no mesmo barco".
