Marcão - MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
MarcãoMAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
Por Lance
Rio - Ao assumir o comando técnico do Fluminense, na 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, Marcão tinha a importante missão de evitar o rebaixamento tricolor. Na ocasião, o time estava na 16ª posição, com 19 pontos. Faltando dois jogos para o fim da competição, o treinador já alcançou o objetivo, porém ainda precisa se consolidar na profissão e a vaga na Copa Sul-Americana serviria para coroar o trabalho desenvolvido. O primeiro passo para isso será dado nesta quarta-feira, no Maracanã, no jogo contra o Fortaleza. A bola rola às 21h30 com transmissão em tempo real do LANCE!.

Na atual edição do Brasileiro, Marcão esteve à beira do campo em 15 partidas, com seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas, aproveitamento de 51%. Com esse desempenho, o treinador supera com folga os antecessores Oswaldo de Oliveira e Fernando Diniz, que tiveram respectivamente, 38,8% e 26,6% de aproveitamento na competição. A título de comparação, o Internacional, 7º colocado, na zona de classificação para a Libertadores, possui 50% de aproveitamento.

Durante todo o período, Marcão conviveu com a desconfiança do vice-presidente geral, Celso Barros, que não se mostrou favorável com a sua efetivação, elenco com salários atrasados e lesões importantes, como a fratura na mão esquerda do goleiro Muriel, um dos destaques da equipe. Mesmo com os problemas, o treinador manteve o time no rumo e mostrou muitos méritos em suas convicções.

MÉRITO

O principal deles foi a melhora do sistema defensivo. Quando Oswaldo de Oliveira foi demitido, o Fluminense era o segundo time mais vazado, com 33 gols sofridos, um a menos que a Chapecoense, média de 1,57 gols por jogo. Com Marcão, esse número caiu para 0,8, com 12 gols sofridos em 15 partidas, sendo que em sete delas, o adversário passou em branco.

CONVICÇÕES

O grande acerto de Marcão foi promover a entrada de Yuri no time, dando mais proteção à zaga, dividindo o trabalho de Allan, que ficava sobrecarregado. A barração de Nenê para escalar um volante também se mostrou acertada, já que a equipe não ficava equilibrada tendo o meia e Ganso atuando juntos. O ataque perdeu um pouco do poder de fogo. No entanto, com o treinador, Marcos Paulo virou titular absoluto, desabrochando como um goleador, marcando quatro gols em nove partidas.