Rio - Na estreia da Copa Sul-Americana, principal objetivo tricolor na temporada, uma atuação para ser esquecida e que mereceu vaias. Mais do que o frustrante empate em 1 a 1 com o Unión La Calera, em pleno Maracanã, o Fluminense irritou seu torcedor pela falta de criatividade e de jogadas. Agora, resta vencer fora de casa, dia 18, ou empatar por dois ou mais gols para seguir à próxima fase da competição.
De bom, apenas as estreias de Marcos Paulo e Evanilson, autor do gol — o outro foi de Castellani —, recuperados de lesões musculares. Os dois são as esperanças para melhorar o contestado ataque tricolor neste início de ano.
Pela primeira vez, o técnico Odair Hellmann repetiu uma escalação, a mesma utilizada no Fla-Flu. Assim como na vitória por 1 a 0 no clássico, o meio de campo tricolor teve enorme dificuldade de movimentação e criação, e errou muitos passes.
Mesmo sem jogadas trabalhadas e nenhuma infiltração, o Fluminense poderia ter marcado na primeira etapa: Miguel parou no goleiro Martin Arias, em contra-ataque, assim como Gilberto, em falta cobrada para a área.
O Fluminense ainda sofreu com a péssima arbitragem do colombiano Carlos Bernal, que deixou o Unión La Calera fazer 16 faltas no primeiro tempo (contra 10 do Tricolor).
Após o intervalo, Odair tirou o inoperante Yago e colocou Marcos Paulo. Mesmo sentindo a falta de ritmo, o Moleque de Xerém deu outra cara — e qualidade — ao ataque, que melhorou.
Ainda assim, o Fluminense seguiu com dificuldades para criar — somente aos 18 teve uma jogada trabalhada. A torcida pediu por Evanilson, que entrou pouco depois e mostrou por que será titular.
Antes, Miguel perdeu a melhor chance do jogo, chutando em cima do goleiro após passe de calcanhar de Nenê. Mas Evanilson salvou aos 25, após receber passe de Marcos Paulo e tocar na saída do goleiro.A festa tricolor durou pouco. Três minutos depois, Castellani pegou sobra na entrada da área após Hudon perder dividida e empatou.
No desespero, o Fluminense buscou o segundo gol. Pressionou sem organização após a expulsão de Rodriguez, aos 36, mas não foi capaz de levar perigo. No fim, muitas vaias.
