Destaque do Tricolor na temporada, Nenê teve uma atuação apagada e foi sacado no intervalo - Mailson Santana/Fluminense
Destaque do Tricolor na temporada, Nenê teve uma atuação apagada e foi sacado no intervaloMailson Santana/Fluminense
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - A reconquista de um lugar do G-4 do Campeonato Brasileiro dependia do esforço do próprio Fluminense. Os nove desfalques, sendo que oito com o diagnóstico positivo para o novo coronavírus, dificultaram, e muito, a missão diante do Red Bull Bragantino. Lento, previsível e pouco criativo, o Tricolor decepcionou o torcedor, via tv por assinatura, rádio ou tempo real pela internet, no sonolento empate em 0 a 0 na noite desta segunda-feira, no Maracanã.
Na ausência de titulares como Muriel, Danillo Barcelos, Hudson, Yuri e Fred, que se recupera de entorse no tornozelo, Odair Hellmann recorreu a Xerém. Coube a Nenê, o mais velho jogador do elenco, com 39 anos, guiar nomes como André, Martinelli e Marcos Paulo em campo. A semana livre para trabalhar, no entanto, não foi suficiente para o treinador acelerar a adaptação depois das muitas mudanças promovidas.
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A lentidão e previsibilidade na saída de bola, com Lucca e Wellington Silva abertos pelos lados, facilitaram a marcação da equipe paulista, que esbanjava mobilidade e boas trocas de passe com Claudinho, Arthur e Helinho. Faltou traduzir em chances reais, o domínio com a bola nos pés. Bem posicionada, a defesa tricolor resistiu a pressão.
Nenê até que tentou. Pelo meio, pelas pontas, na bola parada, mas não estava numa noite inspirada. A saída no intervalo chegou a surpreender pela apagada atuação, mas diminuiu ainda mais a média de idade da equipe em campo. Com Felippe Cardoso e Luiz Henrique, no lugar de Wellington Silva, em ação, Hellmann tentou aumentar o poderio ofensivo tricolor, não resolveu o problema na transição. Ao sacar Marcos Paulo para a entrada de Ganso, tentou corrigir a dificuldade.
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O Fluminense melhorou, teve mais a bola nos pés, mas faltou agressividade. Apesar do controle da ações, Marcos Felipe, atento, fez boa defesa no chute de Claudinho, uma das raras chances de gol ao longo dos 90 minutos. Com o frustrante resultado, o Fluminense caiu para o oitavo lugar, com 36 pontos, e, na revanche, desperdiçou a chance de devolver a derrota, por 2 a 1, sofrida em Bragança Paulista, no primeiro turno. No sábado, o Fluminense recebe o Athletico-PR, no Maracanã.
FICHA TÉCNICA:
Fluminense x Red Bull Bragantino

FLUMINENSE: Marcos Felipe, Calegari, Luccas Claro, Matheus Ferraz e Igor Julião; André, Martinelli (Nascimento) e Nenê (Felippe Cardoso); Lucca (Caio Paulista), Wellington Silva (Luiz Henrique) e Marcos Paulo (Ganso). Técnico: Odair Hellmann

RB BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Luan Cândido (Edimar); Raul, Lucas Evangelista e Claudinho (Vitinho); Artur (Cuello), Helinho (Bruno Tubarão) e Ytalo (Hurtado). Técnico: Maurício Barbieri

Local: Maracanã
Árbitro: Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES)
Cartões amarelos: Matheus Ferraz e Martinelli; Luan Cândido, Helinho e Cuello