Renato Augusto conquistou o primeiro título pelos profissionais do FluminenseLucas Merçon / Fluminense

O primeiro gol pelo Fluminense não saiu, mas o pênalti sofrido por Renato Augusto na final da Recopa foi ainda mais importante após Jhon Arias cobrar e garantir o 2 a 0 sobre a LDU. Nascido e criado no bairro do Maracanã, como gosta de dizer sempre que é perguntado sobre o assunto, o experiente jogador de 36 anos voltou a conquistar um título no quintal de casa, o que não acontecia desde 2008. De quebra, levantou o primeiro troféu internacional jogando por um clube no Rio.
Antes, ele foi campeão da Copa do Brasil de 2006 e dos Cariocas de 2007 e 2008 pelo Flamengo. Também conquistou a medalha de ouro olímpica na Rio-2016 e agora o primeiro título pelo Fluminense.
Na verdade, pelos profissionais do Tricolor, porque em sua primeira passagem, na categoria mirim do futsal, ele venceu o estadual duas vezes, em 1999 e 2000.
"Eu cansei de ir para a escola olhando para o Maracanã, pensando em ser campeão aqui. Realmente é um título internacional, é diferente. Você fica marcado na história do clube. Então foi especial em poder comemorar esse momento com a minha família, com meus amigos. E depois já quero pensar no próximo título", afirmou.

Renato Augusto pensou em bater o pênalti

Ainda em adaptação à forma de jogar do Fluminense, Renato Augusto entrou muito bem no segundo tempo e melhorou a criação de jogadas, até sofrer o pênalti. Ele admitiu que passou pela cabeça fazer a cobrança, mas precisou de atendimento por causa da pancada que recebeu no pé.
"Eu até pensei em cobrar, mas não dava, meu pé estava dormente. Se eu perco e não ia ajudar. Eu achei até que o Marcelo ia bater. Depois eu vi o Arias, que talvez seja o melhor jogador da América hoje. A gente estava em boas mãos", elogiou.
Naquele momento, a decisão da Recopa ia para a prorrogação, o que era uma preocupação. Mas não precisou e o alívio veio com o pênalti sofrido.
"Na verdade, é muito rápido. Você tem que ter a leitura rápida da jogada. Juiz deu o pênalti e na hora dá aquele alívio, porque se você vai pra prorrogação teria mais 30 minutos, com alguns jogadores já mais cansados e o jogo ficaria um pouco mais delicado. Então, aquele momento do pênalti dá aquele alívio", contou.