Jogadores do Fluminense reunidos no gramado do MineirãoMarcelo Gonçalves/Fluminense

Rio - O Fluminense vive uma crise inédita para um atual campeão da Libertadores. Após viver o ano dos sonhos, o Tricolor igualou o pior início de Brasileirão de sua história e assumiu a lanterna após a derrota por 2 a 0 diante do Cruzeiro, nesta quarta-feira (19), no Mineirão, pela 10ª rodada. Com isso, o risco de rebaixamento aumentou para 60%, segundo o Departamento de Matemática da UFMG.
É a segunda vez na era dos pontos corridos que o Fluminense soma seis pontos após 10 rodadas. Em 2008, o Tricolor obteve a mesma campanha com uma vitória, três empates e seis derrotas, ocupando a lanterna. Na época, o Time de Guerreiros brigou contra o rebaixamento até a penúltima partida e ficou de fora da Libertadores do ano seguinte mesmo após ser finalista naquele ano.
Sem vencer há sete jogos, o Fluminense tenta encerrar o jejum e iniciar uma recuperação no Brasileirão no próximo domingo (23), às 16h (de Brasília), contra o Flamengo, no Maracanã, pela 11ª rodada. O técnico Fernando Diniz tem o cargo em risco e precisará dar uma resposta para evitar colocar o trabalho de dois anos por água abaixo poucas semanas após a renovação contratual.

Novos protestos

A paciência da torcida do Fluminense acabou. Já durante a partida contra o Cruzeiro, torcedores exibiram faixas pedindo a demissão do técnico Fernando Diniz e protestaram contra o baixo desempenho neste ano com a frase "2023 acabou". Além disso, também teve uma faixa cobrando respeito.
É a segunda vez que a torcida do Fluminense se manifesta nas arquibancadas. Na derrota diante do Atlético-GO, no Maracanã, torcedores vaiaram mesmo com a vitória parcial no primeiro tempo e subiram o tom nas críticas após cada gol da equipe goiana. O técnico Fernando Diniz foi o principal alvo.