Mano Menezes é o técnico do FluminenseMarcelo Gonçalves/Fluminense

Rio - Mano Menezes criticou a decisão de Anderson Daronco de validar o gol marcado por Vegetti na derrota do Fluminense para o Vasco por 2 a 0, neste sábado (10), no Nilton Santos. Na entrevista coletiva, ele disse que o Tricolor foi prejudicado e destacou que o lance tirou a tranquilidade da equipe em campo.
"A gente sai bastante insatisfeito, acho que fomos muito prejudicados. Fomos prejudicados num lance capital num clássico onde as coisas tendem a ser parelhas. E um lance desse pode definir uma partida ou dar uma condição para uma das equipes traçar uma estratégia bem mais favorável. Vamos continuar trabalhando com a seriedade de sempre, é o que a gente pode fazer", disse Mano.
"Clássicos são jogos de poucos erros geralmente e de poucas oportunidades. Quando algo acontece para A ou B isso é determinante quase sempre para estabelecer um resultado ou pelo menos uma estratégia favorável para um lado ou para outro lado. A equipe vinha trabalhando bem, iniciou bem o jogo, estava bem postada. Acho que as coisas se encaminhavam para a gente seguir a nossa série de bons resultados, e o lance foi muito marcante porque tirou a tranquilidade da equipe. Foi tão absurdo", afirmou.
O lance que gerou a reclamação aconteceu aos 23 minutos do primeiro tempo. Os jogadores do Tricolor pediram um toque na mão de Léo, que deu a assistência, e também de Vegetti, autor do gol. Daronco foi ao monitor, mas manteve a decisão de campo após uma longa revisão.
"Às vezes existe diferença na interpretação, a gente tende a interpretar a favor da gente, mas foram todos os jogadores que reclamaram do lance. O lance parou praticamente na hora em que a bola bate na mão duas vezes. Primeiro do Léo, depois do Vegetti. Isso é muito marcante na medida em que você está acostumado que a regra diz outra coisa. Você foi preparado para saber que a regra diz outra coisa. Quando é a favor da gente, a regra é aplicada dessa maneira. Quando é contra, você quer da mesma maneira, você quer justiça. Não foi o que aconteceu aqui hoje", pontuou o técnico.
"É uma coisa que não pode acontecer nesse nível de jogo que a gente tem, nessa grandeza de jogo que a gente tem, do nível da arbitragem que a gente tem. Estamos falando de um árbitro Fifa, não estamos falando de um árbitro que está começando. Ele sabe. Ele foi chamado no VAR, ele relutou muito para ir ao VAR. Nosso jogadores o escutaram tentando convencer o VAR de que não tinha acontecido nada. Achei muito forte para um lance só", prosseguiu.
Mano ainda destrinchou o que viu no lance e chamou a atenção para mais um ponto: a falta que originou tudo. Na visão do treinador, não houve infração de Diogo Barbosa.
"Ficamos procurando até agora a falta que foi marcada contra a gente. Não achamos a falta. Então, já não existiu a falta. Diogo sai limpo com a bola. Segundo lance: tivemos uma falta no nosso zagueiro, não foi um bloqueio, foi um empurrão. Terceiro: a bola bate no primeiro jogador do Vasco. Quarto: a bola bate no jogador que faz o gol. Aí já não temos mais interpretação. Os outros todos podemos falar de interpretação. O último lance não existe interpretação. A lei é clara: o jogador que faz o gol não pode se utilizar do braço em circunstância nenhuma - nem proposital, nem não proposital", ressaltou Mano.
"Você é chamado pelo VAR porque o VAR está tentando consertar uma coisa que está errada. Você fica três minutos tentando achar um motivo para dar o gol. É dessa maneira que a gente vê. Tínhamos certeza absoluta que ele iria anular o gol. Todos quando ele voltou para o meio-campo. A reação dos nossos atletas deixa bem claro que todos esperavam", concluiu.