Torcida do Fluminense será determinante para o Fluminense na luta contra o rebaixamentoMarina Garcia / Fluminense
Do céu ao inferno: tricolores vivem montanha-russa de emoções com Fluminense em um ano
Fluminense terá três jogos em casa na reta final do Brasileirão e conta com o apoio da torcida para escapar do rebaixamento
Rio - O apoio da torcida vai ser crucial para o Fluminense na luta contra o rebaixamento. Da glória ao caos em um ano, o Tricolor tenta recuperar a confiança dos torcedores para as três decisões dentro de casa na reta final do Brasileirão. A primeira das "finais" será nesta sexta-feira (22), às 21h30 (de Brasília), contra o Fortaleza, no Maracanã, pela 34ª rodada do campeonato.
"O torcedor não enxerga o time atual como o time de 2009, principalmente pela força de vontade, e vê com um pouco de arrogância e prepotência. Não consegue entregar o mínimo, que é garra para ganhar. A torcida vai comparecer, talvez não como gostariam, porque precisam do apoio. Mas o time não tem demonstrado vontade para dar um ânimo na torcida", disse Túlio Peral, torcedor do Fluminense.
Em um ano, os tricolores foram do céu ao inferno. Da conquista da tão sonhada Libertadores ao pesadelo na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, o Fluminense viu o número de sócios cair de mais de 67 mil para 50 mil, sendo superado pelos rivais Botafogo e Vasco. Os motivos do afastamento são variados, como a mudança dentro de campo e as dificuldades do dia a dia, como rotina com trabalho ou preços.
"A torcida não comparece tanto com o time em má fase. Acho que isso acontece de um modo geral com todos os times do Brasil. No meu caso, eu moro em outra cidade e, por conta disso, ficou mais difícil. Ficou inviável pagar sócio e deslocamento para os jogos", contou Túlio, que é morador de Maricá, região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.
Além do confronto contra o Fortaleza, o Fluminense ainda enfrenta o Criciúma, na próxima terça-feira (26), e o Cuiabá, no dia 4 de dezembro, mas a procura é baixa até o momento. Apesar da dificuldade com a venda abaixo da média do Brasileirão, onde o clube tem a sétima melhor com 32.253 mil por partida, o Tricolor está prestes a superar a marca de 1 milhão presentes no ano.
"Eu continuo sendo sócio e sigo frequentando porque amo o Fluminense, independente da situação que ele se encontre. A nova geração da torcida escolhe campeonato. Dependendo da fase, quanto mais próximo do título, mais comparece. Mas, nas primeiras fases não comparece tanto. Se fosse a torcida de hoje em 2009, talvez não se salvaria do rebaixamento", afirmou Rogério Rodrigues Araújo, de 51 anos, tricolor de coração.
Não é fácil de entender como um time pode ir das nuvens para quase o fundo do poço em um curto espaço de tempo. Como explicar que o atual campeão da América e vice-campeão Mundial luta contra o rebaixamento no futebol brasileiro? Pois é. Para os torcedores, no entanto, o erro no planejamento no início da temporada comprometeu.
"Foi feito um péssimo planejamento. Todos estudaram a forma como o Fluminense jogava, o técnico não tinha uma variedade tática e o time caiu de produção. O começo de ano foi terrível e estamos sofrendo por isso. Tem que vencer os jogos, jogar com raça, determinação e inteligência para aproveitar o fator casa. Tem que jogar futebol e propor jogo. Tem que vencer a qualquer custo", complementou Rogério.
O Fluminense ocupa o 16º lugar no Brasileirão com 37 pontos, sendo o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Nas últimas cinco rodadas do campeonato, terá três confrontos diretos, sendo dois deles dentro de casa, contra Criciúma e Cuiabá, além do Athletico-PR, fora. Já as outras duas partidas serão contra postulantes ao título, como Fortaleza, em casa, e Palmeiras, fora, na última rodada.
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