Brasil x Argentina na disputa pelo bronzeAFP

Desde Atenas-2004 a seleção masculina de vôlei tinha um lugar cativo no pódio, mas essa sequência de quatro Olimpíadas teve fim com a perda da medalha de bronze para a Argentina na Tóquio-2020. Com o doloroso resultado, fica a dúvida sobre o futuro dos jogadores mais experientes no novo ciclo olímpico.
Medalha de ouro na Rio-2016 e prata em Londres-2012, Wallace, de 34 anos, foi o mais incisivo e praticamente deu adeus à seleção na saída de quadra, após a derrota para a Argentina. "Acho que é meu fim de ciclo. Tudo que eu poderia dar, foi dado. Agora é bola para frente".
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Capitão, dono de dois ouros (Pequim-2008 e Rio-2016) e uma prata (Londres-2012), Bruninho, de 35 anos, deixou o futuro em aberto ao sair da quadra. Mais tarde, em sua conta de Instagram, falou da dor da perda de medalha.
"Sinto muito por esse resultado. Sinto por cada atleta e comissão técnica que se entregou de corpo e alma para buscar essa medalha. Sinto pelo nosso comandante que mais do que ninguém merecia por toda luta nesses últimos meses. A dor é grande e não sei quando irá passar", escreveu Bruninho.
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Quem não pensa em deixar a seleção de vôlei é Lucão. Aos 35 anos, o central que possui um ouro e uma prata se colocou à disposição para o novo ciclo olímpico.
"Eu sou teimoso para c*. Ano que vem é ano de Mundial. Eu sempre falei que vão ter que me tirar de ambulância da seleção brasileira. Enquanto eu tiver condições e o treinador me convocar, estarei nela", disse.
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Já Renan Dal Zotto, que voltou a perder uma medalha de bronze para a Argentina (a outra foi como jogador, em Seul-1988), já planeja o Sul-Americano que dará vaga para o Mundial de 2022. E quer deixar para planejar o novo ciclo olímpico depois da competição de setembro, mas já avisa que haverá mudanças.
"Depois é sentar com a confederação e pensar no próximo ciclo. Com certeza algumas alterações deverão acontecer, mas tem que ter muita cautela e ver, também, o que os jogadores querem do futuro deles", afirmou.