Rio - Desesperar, jamais. A letra da música composta por Ivan Lins serve de inspiração para o Vasco, que vive situação preocupante no Campeonato Brasileiro. Em 16º lugar e a um ponto do Z-4, o clube precisa mostrar que aprendeu muito nesses anos em que está na elite após três rebaixamentos em 2008, 2013 e 2015 para evitar outro vexame em sua secular história. Ciente de que não tem cabimento entregar o jogo no primeiro tempo, o lateral esquerdo Ramon revela a receita para o time não dar novo desgosto à torcida.
"Não é desesperador, mas preocupante, porque nossa equipe não tem elenco para estar onde está. Pensando no pior, precisamos de sete vitórias em 17 jogos para fazermos 45, 46 pontos. É óbvio que isso passa pela nossa cabeça. Falar que isso não nos preocupa? Preocupa, sim", admite o lateral-esquerdo.
No ritmo de "nada de correr da raia, nada de morrer na praia", Ramon lembra que o Vasco ainda tem um jogo a menos do que a maioria dos adversários contra o Santos, dia 27, no Pacaembu, pela terceira rodada e fala até em repetir a campanha do ano passado, quando o time se recuperou e garantiu uma vaga na pré-Libertadores.
"Sabemos que temos condições de terminar o campeonato como no ano passado. Ter uma arrancada agora, ter uma boa sequência de jogos. Esses próximos dois jogos são importantíssimos, porque temos que somar quatro pontos. Apesar de termos perdido o último jogo, a gente está bem consciente do que precisa fazer dentro da competição", frisou Ramon, que, por conta de um edema na coxa esquerda, não joga desde o 1 a 1 com o Ceará, dia 20 de agosto, mas deve voltar ao time amanhã, contra o América-MG.
"Venho muito bem. Desde segunda-feira da semana passada treino normalmente. Poderia ter ido para o jogo no fim de semana (contra o Santos), mas optaram por me dar mais uns dias por causa da cirurgia. Estou pronto. À disposição", frisou Ramon, ciente de que, no balanço de perdas e danos, a torcida do Vasco já teve muitos desenganos, já teve muito o que chorar, mas agora, acha que chegou a hora de fazer valer o dito popular: desesperar, jamais.