Rio - Pouco mais de 12 horas após empatar por 1 a 1 com o Paraná, em Curitiba, no fechamento da 27ª do Campeonato Brasileiro, o Vasco conviveu com um clima tenso em sua chegada ao aeroporto do Galeão, no Rio, no fim da manhã desta terça-feira. Apesar de o resultado ter sido suficiente para tirar o time da zona de rebaixamento da competição, os jogadores da equipe e o presidente do clube, Alexandre Campello, foram hostilizados por torcedores durante o desembarque no local.
No caminho até o ônibus que os esperava na portal do aeroporto, os atletas e o dirigente foram alvo de xingamentos e os seguranças vascaínos precisaram intervir para conter o pequeno, porém enfurecido, grupo de seguidores do time. Estes seguranças chegaram a trocar alguns empurrões com estes torcedores quando os mesmos tentaram se aproximar dos membros do clube com uma postura ameaçadora e de intimidação.
Jogadores e dirigentes foram perseguidos até a porta do ônibus do clube, onde os revoltados vascaínos prosseguiram com as hostilidades. Nenhum atleta foi agredido, mas o protesto serviu para colocar ainda mais pressão na equipe, que só voltará a jogar na próxima terça-feira, quando enfrenta o Botafogo em clássico que começará às 21 horas, no Engenhão, e fechará a 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com 30 pontos, o Vasco está logo acima da zona do rebaixamento do torneio nacional, em 16º lugar. Vitória, com 29 pontos, e Chapecoense, com 28, ocupam as respectivas 17ª e 18ª posições e terão a chance de ultrapassar os vascaínos antes deste clássico carioca. O time baiano jogará nesta sexta-feira, contra o Santos, em Salvador, enquanto a equipe catarinense enfrenta o Atlético-MG no sábado, em Chapecó.
Na luta contra o descenso para a Série B do Brasileiro, o Vasco já tem um desfalque certo para o duelo diante dos botafoguenses. O zagueiro Leandro Castán foi expulso na partida contra o Paraná e precisará cumprir suspensão. A equipe vascaína folga nesta terça e inicia na quarta-feira os treinos visando a partida da próxima semana.