Ricardo Sá Pinto ficou dois meses no comando do Vasco e deixou o clube com 33% de aproveitamento - Daniel Castelo Branco
Ricardo Sá Pinto ficou dois meses no comando do Vasco e deixou o clube com 33% de aproveitamentoDaniel Castelo Branco
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - O Vasco oficializou a demissão do técnico Ricardo Sá Pinto no início da tarde desta terça-feira. Após dois meses no comando do Cruzmaltino, o português deixa o clube na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, em 17º lugar, com 28 pontos. Com Sá Pinto, deixam a Colina o auxiliar técnico Rui Mota, o preparador físico Miguel Moreira, o analista de desempenho Igor Dias e o diretor de futebol André Mazzuco.
Técnico do Vasco entre 2017 e 2018, Zé Ricardo ganha força para substituir o português e tentar evitar a queda nas próximas 12 rodadas. Livre, Dorival Júnior, responsável pelo acesso do Cruzmaltino na Série B de 2009, é bem avaliado, mas esbarra no alto salário.

Em declínio numa temporada marcada pela crise financeira, que impediu investimentos mais robustos na contratação de reforços, o Vasco, após a definição do impasse político com a confirmação da vitória de Jorge Salgado na eleição presidencial, decidiu aproveitar o recesso no Brasileiro para antecipar a reformulação da comissão técnica e da estrutura do departamento de futebol. Rodrigo Caetano, hoje no Internacional, é o favorito de Salgado para substituir Mazzuco como diretor de futebol.
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Com aval da próxima diretoria, o atual presidente, Alexandre Campello, deu início a transição com José Luiz Moreira, vice de futebol, que possui boa relação com Salgado.

"Tomei a decisão de fazer a mudança na comissão técnica a partir também de um entendimento com o Vice de Futebol e com o novo Presidente, já que só estarei no cargo por mais aproximadamente 20 dias. Um novo treinador será anunciado em breve", disse o Presidente Alexandre Campello, em nota oficial.
Com aproveitamento de 33% em 15 jogos, Sá Pinto se despede da Colina com apenas três vitórias. O técnico acumulou seis empates e seis derrotas no período em que a equipe marcou dez gols e sofreu 19. A saída do português promete pesar no combalido cofre do clube, pois a dívida acumulada até o fim do contrato, que terminaria em fevereiro, com Sá Pinto e toda a comissão passaria dos R$ 3 milhões.