MirandaRafael Ribeiro / Vasco
Defesa alega que jogador do Vasco fez uso sem intenção de substância proibida: 'Foi uma fatalidade'
Jogador está suspenso por doping após fazer uso de suplemento indicado por médico pessoal
Rio - Suspenso de forma preventiva e por tempo indeterminado, o zagueiro Miranda ainda não sabe qual será seu futuro no mundo do futebol. O zagueiro do Vasco alega que não ingeriu, de forma intencional, qualquer substância considerada ilegal. Na próxima semana, os advogados do atleta entregarão sua defesa, mas ainda não há data para o julgamento.
O ex-camisa 30 do Vasco foi flagrado no exame antidoping feito na partida contra o Defensa y Justicia, na Copa Sul-Americana, em 3 de dezembro do ano passado. Um diurético proibido pelos controles de doping chamado canrenona, foi detectado no corpo do atleta.
Miranda e seus advogados creem que a contaminação ocorreu em um suplemento que o atleta estava usando. O produto, no entanto, não contém substâncias ilegais e foi indicado, com aval do departamento médico do clube, por um médico pessoal.
Dois anos de suspensão. Essa é a pena base da Conmebol para substâncias desse tipo. No entanto, a defesa acredita que vai conseguir reduzir a pena ou fazer com que vire apenas uma advertência, caso consiga provar que o jogador não dopou intencionalmente.
"O Matheus (Miranda) é um atleta jovem, que nunca teve problema de peso, então não teria motivo para usar um diurético. Além disso, queremos mostrar, com dados de performance, que ele não teve nenhuma mudança drástica de desempenho que pudesse ser causada pela absolvição de substância. Queremos mostrar que foi uma fatalidade", afirmou André Ribeiro, advogado de Miranda, em entrevista ao "ge.com".
"Acreditamos que possa ter uma redução da pena pelo histórico dele. É um atleta que sempre teve muito cuidado e foi acompanhado de perto pelos médicos do Vasco. Foi uma substância diurética e não um anabolizante. No período anterior à coleta, ele só ingeriu um suplemento indicado pelo médico pessoal, mas que obviamente não tem nenhuma substância proibida e foi aprovado pelo Vasco. Acreditamos na contaminação na farmácia de manipulação. Ele também ingeriu medicamento para a Covid-19 alguns dias antes", completou.
A expectativa é que o julgamento de Miranda ocorra ainda neste ano, mas não há prazo para a sentença. O departamento jurídico do Vasco não tem participado da defesa do jogador, apesar disso, tem dado o apoio necessário, disponibilizando dado e se pondo à disposição. Em caso de punição do atleta, o departamento de futebol pretende, ainda assim, renovar o contrato com ele pelo período da eventual suspensão. O atual vínculo vai até dezembro.
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