Alexandre MattosDivulgação/Vasco

Rio - Após deixar o cargo de diretor-executivo do Vasco, Alexandre Mattos, de 47 anos, abordou sua visão do processo que encerrou sua passagem pelo clube após apenas 100 dias. Na opinião do dirigente houve uma falha na comunicação entre as partes no momento do acordo com a SAF, que acabou sendo decisiva para que o trabalho não evoluísse. 
"O meu equívoco foi a má comunicação no pré-assinatura, foi muito atropelado, tudo muito rápido. Se esclarece antes, é aceitaria, é assim, não tem como. O que aconteceu é que eu tive que ter a compreensão já com o jogo rolando. E muita pressão, muita expectativa, muita pressão externa, o Ramón está lá e quer ganhar de imediato, e eu ali no meio. As coisas foram andando e gerando esse desgaste", afirmou em participação no programa "Boleragem", do SporTV.
Mattos fez questão de elogiar Ramón Díaz, treinador do Vasco, e também Gary Medel, volante do clube carioca. Os dois são líderes do grupo e teriam tido momentos de discordância com o dirigente.
"O Medel é um líder nato, de muita personalidade. É um cara que vai para o embate, mas relação superpositiva, de alto nível. Não é picuinha, é de alto nível. Foi um embate de coisas do dia a dia. "Tem que ver isso", aí não resolve", disse.
Sobre o trabalho de Ramón, Alexandre Mattos fez muitos elogios. "Impressionante a capacidade que eles têm de treinamento, vestiário e entendimento do jogo. Eles se completam. Ramón e Emiliano, pai e filho. Eles são grandes, grandes mesmo. De verdade. Por isso até conseguiram fazer com que o Vasco saísse daquela situação ano passado. Fáceis de acesso, o Ramón é uma pessoa extremamente simpática. Eles construíram um Vasco ao redor deles, e eu sou o cara que chega depois e que diz "sim" ou "não", opinou.